Light identificou fraudes em dez estabelecimentos comerciaisDivulgação

Rio - A megaoperação da Light de combate ao furto de energia que aconteceu nesta terça-feira (22), em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, identificou fraudes em dez estabelecimentos comerciais, incluindo um restaurante de grande porte e uma escola de samba da região. Responsáveis de sete locais foram conduzidos à delegacia e três acabaram presos em flagrante.
Segundo a concessionária, a prisão ocorreu devido à gravidade das irregularidades. Os suspeitos não tiveram sua identidade revelada.
Bruno Rodrigues, superintendente da concessionária, explicou as irregularidades no consumo de energia da escola de samba.

"Identificamos quatro pontos de uso de energia elétrica que não passavam por medição. Além disso, a fiação estava em condições extremamente precárias, e, por não atender às normas de segurança, poderia sobrecarregar o sistema e causar um incêndio", declarou ele.

A ação teve participação de 400 colaboradores da empresa e apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, da 52ª DP (Nova Iguaçu), da 56ª DP (Comendador Soares), de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e de policiais do 20º BPM, de Mesquita.

O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com penas que podem chegar a oito anos de prisão.

Impacto maior devido ao verão

A falta de luz provocada por “gatos” de energia é mais percebida no verão porque as temperaturas mais elevadas aumentam o consumo perdulário em locais que tem altos índices de furto, como comunidades da cidade do Rio de Janeiro, forçando uma sobrecarga nos transformadores configurados para atender um maior número de clientes.

Prejuízos do furto de energia

De janeiro a agosto, a Light regularizou 2.409 ligações clandestinas e normalizou aproximadamente 121.520 instalações irregulares em residências e comércios de seus clientes, recuperando 97 GWh de energia no total, quantidade que é suficiente para abastecer o consumo de 40 mil residências durante um ano.

Apesar dos esforços, a empresa diz que ainda enfrenta um prejuízo anual de cerca de R$ 800 milhões devido ao furto de energia. Para se ter uma ideia do desafio, a cada 100 clientes regulares, 34 furtam energia. Ao longo de 2023, a concessionária inspecionou mais de 610 mil locais para combater os "gatos".