Socialite Regina Gonçalves ao lado do ex-motorista e da irmã Therezinha Lemos YamadaReprodução

Rio - O ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de manter em cárcere privado a socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos, também será investigado pela Polícia Civil por outro crime. José Marcos pode ter envolvimento na morte de Therezinha Lemos Yamada, à época com 89 anos, irmã da milionária. A informação foi publicada inicialmente pelo 'O Globo' e confirmada pelo DIA.
Ex-motorista é investigado por tentativa de feminicídio, sequestro, violência psicológica e furto qualificado - Divulgação/Disque Denúncia
Ex-motorista é investigado por tentativa de feminicídio, sequestro, violência psicológica e furto qualificadoDivulgação/Disque Denúncia
De acordo com o atestado de óbito, a idosa morreu em 2016 em decorrência de falência de múltiplos órgãos, choque séptico, infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial sistêmica. Para o blog Segredos do Crime, Marcelo Yamada, filho de Therezinha e sobrinho de Regina, disse que funcionários que trabalhavam na residência da socialite viram o ex-motorista empurrar a idosa da escada, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Ainda segundo Marcelo, a mãe passou a morar com Regina após suspeitar que José Marcos estaria interessado na herança de Regina.
Atualmente, o ex-motorista da socialite é considerado foragido. Ele é acusado de manter em cárcere privado a socialite durante dez anos, no próprio apartamento, no Edifício Chopin, em Copacabana, na Zona Sul. O acusado também é investigado por tentativa de feminicídio, sequestro, violência psicológica e furto qualificado.
A vítima, que é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, famosa marca de cartas de baralho, foi mantida isolada dentro do próprio apartamento, sem contato com amigos e parentes. A operação Dama de Ouros, da 12ª DP (Copacabana) e do Ministério Público do Rio (MPRJ), nesta terça-feira (26), tentou prender Marcos José, mas ele não foi encontrado.
Investigações
A decisão judicial pela prisão do acusado se baseou em uma investigação da delegacia, que começou em novembro do ano passado. Após diversos depoimentos, inclusão de laudos, boletins de atendimento e detalhes do período em que Regina viveu com José Marcos, a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica denunciou o ex-motorista e pediu prisão preventiva, deferida pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital.

Já a prisão por tentativa de feminicídio considera uma internação no dia 30 de dezembro de 2021, quando a socialite foi levada para o hospital com uma lesão na cabeça. Ela precisou ser operada e só teve alta em janeiro de 2022, mas ninguém da família foi comunicado. A Justiça determinou ainda que seja desocupada uma mansão localizada em São Conrado, também na Zona Sul, que estaria sendo administrada por José Marcos e foi alugada a terceiros.
O acusado está proibido de se aproximar e tentar contato com a vítima e também não pode frequentar o Edifício Chopin, nem a mansão em São Conrado. Durante a operação desta terça-feira, os agentes realizaram buscas no imóvel e em apartamentos que pertencem à socialite, na Avenida Prefeito Mendes de Morais, no mesmo bairro.
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