Cachorro da raça pitbull foi morto a tiros em NiteróiReprodução

Rio - Uma policial militar foi indiciada, nesta quinta-feira (5), pelo crime de maus-tratos a animais depois de matar um cachorro da raça pitbull a tiros em Niterói, na Região Metropolitana. A agente justificou-se dizendo que o cão tentou atacar ela e sua cadela, fato desmentido pela investigação.
O caso aconteceu no dia 25 de novembro deste ano na Praça Trinta e Seis, no bairro Itaipu. Em depoimento, a sargento Valeria Erlacher de Oliveira, lotada no 5º BPM (Praça da Harmonia), informou que passeava com sua cadela, um cão da raça labrador, quando foi surpreendida pelo pitbull solto na rua e sem guia.
Segundo a PM, o cachorro estava em estado de excitação e agressivo, avançando na direção dela e de sua cadela. Para tentar se desvencilhar do risco de ser atacada, Valeria contou que atirou com sua arma, uma pistola Glock calibre .40, contra o animal. Logo depois, a agente afirmou que colocou o cachorro no seu carro e o levou a um veterinário. O cão não resistiu aos ferimentos.
Após análise de imagens, levantamento de informações e um trabalho de inteligência, os agentes da 81ª DP (Itaipu) concluíram que o pitbull não estava agressivo e nem avançou na suposta vítima. Em um vídeo feito por uma testemunha, o animal aparece calmo e dócil, sem indício de que poderia atacar alguém. A mulher que o filmou anda atrás dele sem medo e logo depois dois disparos são ouvidos. A testemunha relatou que antes do crime acontecer o cachorro havia a cheirado, um comportamento incompatível com um cão que parte para o ataque ao ver estranhos.
A Polícia Civil ainda apurou que vizinhos não relataram ter ouvido latidos ou rosnados, o que normalmente acontece quando um cachorro está em estado de excitação e agressivo.
A 81ª DP concluiu o inquérito com o o indiciamento de Valeria pelo crime de maus-tratos a animais. Já Anderson Freitas da Silva, tutor do cachorro, foi indiciado por omissão de cautela na guarda ou condução de animais.