Guerra entre CV e TCP termina com traficante decapitado na Zona Norte Reprodução/Redes sociais
Rajadas de tiros e homem decapitado: Morro do Fubá volta a ser palco de disputa entre facções
Criminosos exibiram o cadáver de um rival nas redes sociais, nesta sexta-feira (6)
Rio - Palco de uma sangrenta disputa territorial entre facções, moradores do Morro do Fubá e Campinho, na Zona Norte do Rio, voltaram a ficar reféns da violência nesta sexta-feira (6). Segundo moradores, houve rajadas de tiros por volta das 13h. Nas redes sociais, traficantes do Comando Vermelho (CV) exibiram a foto de um homem decapitado. A vítima seria integrante do Terceiro Comando Puro (TCP) e foi capturado nesta madrugada.
Na ação criminosa, os traficantes também pegaram um fuzil que estava com o rival e dinheiro em espécie. "Atenção, muitos tiros no Campinho e no Morro do Fubá. Centenas de escolas, faculdades e mercados em pleno funcionamento", alertou um morador no grupo da comunidade.
A Polícia Militar informou que agentes do 9ºBPM (Rocha Miranda) foram acionados para atender ocorrência de encontro de cadáver na Rua João Romeiro, no bairro Cascadura. No local, encontraram o homem morto e acionaram a perícia. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o crime.
Sob forte influência de milicianos, o Morro do Fubá e Campinho têm sido palco de invasões do CV, que pretende expandir territórios pelo Rio. Com o avanço da facção, integrantes do TCP se juntaram aos paramilitares para tentar manter o território.
Conhecida como "Fubaquistão" pelos moradores, os constantes confrontos no Morro do Fubá começaram no início de 2022. Antes disso, o local era chefiado pela milícia do 'Tico e Teco', comandada por Leonardo Luccas Pereira, o 'Leleo' ou 'Teco', mas foi invadido pelo CV em janeiro daquele ano. A ação foi liderada pelo gerente do Morro do 18, Rafael Cardoso do Valle, o 'Baby', depois que as milícias do Campinho e do Morro do Fubá foram traídas por um ex-integrante.
Atualmente, os traficantes do CV dominam a parte alta da comunidade, mas a parte baixa segue sendo comandada pelo TCP e milicianos.
A Polícia Militar ainda não informou se o policiamento nas comunidades está reforçado.
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