Projeto pretende realizar melhorias na Passarela do Samba para integrar seu entornoDivulgação/Prefeitura do Rio

Rio - A Prefeitura do Rio apresentou, neste domingo (8), um projeto de requalificação urbana para a região do Sambódromo, no Centro, que prevê, entre outras medidas, a demolição do Elevado 31 de Março. A iniciativa segue os moldes do Porto Maravilha, na Zona Portuária, e pretende realizar uma grande reforma e melhorias na Passarela do Samba para integrar seu entorno. A data para o início das obras ainda não foi divulgada.
Para viabilizar o projeto, a prefeitura informou que será necessário demolir o Elevado 31 de Março em toda a extensão, desde a entrada do Santo Cristo até o túnel Santa Bárbara. Com a demolição, uma área equivalente a 700 mil metros quadrados vai ficar livre para a modernização de toda a região do Sambódromo. O investimento será obtido com a venda do potencial construtivo da área, mas a modelagem da operação urbana consorciada ainda não está definida.
"Olho com muito otimismo daqui pra frente. Acabou o feijão com arroz, vamos pensar grande. Vamos voltar a derrubar viaduto, vamos voltar a trazer os Brics, os Jogos Pan-Americanos e se o G20 quiser, a gente bota aqui de novo. Vamos voltar a fazer do Rio de Janeiro o centro do mundo. É isso que a gente pode fazer. Essa cidade é incrível, ela é desejada, ela continua desejada, e a gente precisa fazer a nossa parte, que tem a ver com realidade, tem a ver com execução, com trabalho", disse o prefeito Eduardo Paes.
A proposta também prevê a construção de um túnel sob a linha férrea, parques, prédios residenciais, sala de espetáculos e o museu do samba.
Sambódromo e Terreirão do Samba
Entre as modernizações previstas, além de toda requalificação dos sistemas viários e infraestruturais, a região será como um novo distrito e totalmente integrada ao Sambódromo. A Passarela do Samba vai passar por melhorias que incluem a construção de um museu, em um terreno atualmente ocupado por carros alegóricos das escolas, localizado atrás da Praça da Apoteose.
O Sambódromo ainda vai ganhar uma estrutura de logística atrás de cada módulo de arquibancada (exceto nos de número quatro e seis), que permitirá que cada um possa ser alugado independentemente para a realização de eventos culturais, festivos, de negócios, durante todo o ano. Já o Terreirão do Samba terá todo o seu espaço requalificado e receberá uma casa de espetáculos, além de um parque.
Para integrar toda a Região Central - Zona Portuária, Complexo da Leopoldina e o Sambódromo -, um parque linear, será criado e permitirá o deslocamento da população entre essas áreas, pelo chamado "Caminho das Lanternas". 
Segundo o vice-prefeito eleito, Eduardo Cavaliere, "essa é uma obra ambiciosa que nasce com um histórico de credibilidade, por causa do sucesso que o prefeito conseguiu mostrar com a revitalização do Porto Maravilha".
Distrito residencial
De acordo com os proposta, na região nascerá um novo distrito residencial e um dos prédios previstos homenageará o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, responsável pelo projeto do Sambódromo. A construção terá por inspiração o prédio do Congresso Nacional e vai ficar na Avenida Presidente Vargas, sobre a entrada de um novo túnel, que fará a ligação com o bairro de Santo Cristo, após a demolição do elevado.