Rio - Foi inaugurada neste sábado (7), em Jacarepaguá, na Zona Oeste, a exposição "100 anos da Colônia Juliano Moreira: arquivos, territórios e imaginários". A mostra resgata a trajetória do último manicômio da cidade do Rio, onde hoje fica o Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea.
O público poderá conferir documentos históricos, produções inéditas de artistas convidados, obras do acervo institucional e do artista Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), que foi paciente da instituição.
Para a diretora do Instituto Municipal de Assistência à Saúde (IMAS) Juliano Moreira, Luciana Cerqueira, retratar a subjetividade de cada pessoa que passou pelo espaço da Colônia Juliano Moreira é o que norteia a mostra artística.
"Vamos mostrar essa colônia centenária que começa em 1924, como uma tecnologia de cuidados, utilizando a praxiterapia e que, poucos anos depois, se revelou como um projeto subvertido do seu propósito. O que nasce como uma tecnologia de cuidados de ponta, em um breve espaço de tempo se transforma em espaço de sofrimento, tortura e de dor. Sobreviventes do manicômio estarão presentes para compartilhar suas histórias e receber homenagens. Os espectadores vão vivenciar um evento de muita emoção", explica a diretora.
O endereço é Estrada Rodrigues Caldas, 3.400, Taquara, com funcionamento de segunda a sábado, das 9h às 18h.
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