Templo da Humanidade, sede da Igreja Positivista do Brasil, fica na Glória, Região CentralReprodução / Google Maps
Além disso, atividades nas áreas externas e internas do prédio histórico e pesquisas no acervo também foram proibidas pelo ofício do Iphan, enviado aos responsáveis na última terça-feira (17).
Localizado na Rua Benjamin Constant, 74, o Templo da Humanidade é um importante marco da história republicana do Brasil, protegido por tombamento em âmbito federal, estadual e municipal. Apesar de estar interditado pela Defesa Civil desde 2009, após o desabamento de parte do telhado devido a danos causados por cupins, o local continuou recebendo algumas atividades, como pesquisas no acervo e visitas, até o Iphan determinar a suspensão. No entanto, o órgão não divulgou mais detalhes sobre o motivo.
O prédio histórico tornou-se sede da Igreja Positivista do Brasil, fundada por seguidores de Comte, em 1897, após a instituição funcionar por 16 anos no Centro da cidade. O local abriga um rico acervo histórico e cultural, com cerca de 1.500 obras de diversos artistas renomados, como Décio Villares e Eduardo de Sá, e milhares de folhetos de propaganda que integram o Programa Memória do Mundo da Unesco.
Entre os materiais, estavam uma cama que pertenceu a Tiradentes e o primeiro exemplar da atual bandeira nacional republicana, que foi furtado.
Em 1903, foi celebrado no templo o casamento do então major Cândido Rondon (1865 - 1958), futuro marechal do Exército Brasileiro.
O lema "Ordem e Progresso", escrito na bandeira do país, é positivista. Na fachada do prédio histórico, estão os dizeres "O amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim".
Em 2014, um projeto de revitalização começou a ser conduzido no local, que tinha como objetivo reverter o processo de degradação e organizar obras de restauração. Em 2018, o telhado foi reconstruído, mas o templo não reabriu oficialmente.
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