Rio - O prefeito Eduardo Paes (DEM), o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, e os 51 vereadores eleitos no último pleito realizado tomaram posse, nesta quarta-feira (1º), na Câmara Municipal, na Cinelândia. Bem-humorado, Paes brincou várias vezes que é tetra, numa alusão a ter sido eleito quatro vezes para governar a cidade do Rio de Janeiro.
A cerimônia na Câmara foi dividida em duas partes. A primeira uma sessão solene presidida pelo vereador mais votado, Carlos Bolsonaro (PL), que abriu a plenária e pediu para Rosa Fernandes chamar os 51 vereadores. Todos assinaram o livro ata de posse e falavam a frase: "assim o prometo" para assumir o compromisso de respeitar as leis e normas e a zelar pela legislatura.
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Na sequência, houve formação da Mesa Diretora, órgão que tem por competência conduzir os trabalhos legislativos pelos próximos dois anos.
Dentre suas funções, a Mesa tem como prerrogativa convocar sessões extraordinárias, autorizar a aplicação de recursos públicos, propor a criação e a extinção de cargos e funções administrativas, dentre outras.
Eduardo Paes, de 55 anos, chegou ao seu 4º mandato e tornou-se o político que mais comandou o poder executivo municipal do Rio, ultrapassando César Maia, com três.
Em seu discurso de posse, Paes saudou os vereadores César Maia, a quem considerou ser o seu padrinho político, Rosa Fernandes e Joyce Trindade, o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado, e o deputado federal Pedro Paulo, entre outros apoiadores.
"Quero agradecer a todos aqueles que fizeram parte da minha trajetória política, em especial àqueles que caminharam ao meu lado ao longo de todos esses anos em que fui prefeito do Rio de Janeiro. Sei das renúncias e sacrifícios que todos terão que fazer. Sou muito grato pelo apoio nas horas difíceis e pelas alegrias e conquistas compartilhados na construção de uma cidade melhor para todos os cariocas."
O prefeito também mencionou o tema da segurança pública e voltou a criticar a atuação do governo do Estado, apelando para que a instituição atue com mais firmeza para coibir as atividades criminosas.
"Apesar dos avanços, sabemos que o Rio ainda vive uma das mais graves crises de segurança pública da sua história. É preciso que o governo do Estado assuma suas responsabilidades constitucionais e atue com firmeza para reduzir os índices de criminalidade e policie as ruas com mais eficiência e aja para impedir a expansão territorial do tráfico e da milícia. Ainda que a possibilidade de atuação da prefeitura no tema seja limitada, nós vamos buscar assumir mais responsabilidades com a missão de apoiar o Estado", disse.
Ao ser indagado sobre como seria a nova forma da Guarda Municipal agir durante os quatro anos de seu mandato, o prefeito afirmou que não daria muito detalhes, mas que a ideia é que tudo seja feito com responsabilidade e cautela.
"Nós temos uma limitação aqui no município que dessa vez será enfrentada de maneira mais contundente pelo Executivo junto ao Parlamento na busca de termos uma autorização para que a gente possa ter essa Força Municipal que não será a Guarda Municipal, Nós já estamos discutindo essa Força Municipal e vamos trabalhar em parceria com a Advocacia Geral da União, com o próprio Ministério da Justiça", disse o prefeito, acrescentando que haverá programas e grupamentos, inclusive da defesa das mulheres.
Na ocasião, o prefeito voltou a falar sobre o medicamento ozempic. "A gente vai olhando a história do que significa a obesidade, visto do ponto de vista da saúde pública, é muito importante. É um desejo nosso que a população mais pobre tenha acesso hoje ao medicamento que quem tem o mínimo de recursos está comprando e usando. Então, a política pública de saúde contra a obesidade, para que a gente possa melhorar a saúde da população que tem diabetes e problemas cardíacos".
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