Juliana Rangel teve melhora após oito dias internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira NunesReprodução/Redes sociais
Jovem baleada pela PRF mantém melhora clínica progressiva, diz hospital
Juliana Leite, de 26 anos, começou a despertar e a responder a estímulos depois de uma semana totalmente sedada
Rio - Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, segue em grave estado geral, porém mantendo melhora clínica progressiva, dizem médicos. Em novo boletim, divulgado nesta quarta-feira (1º), o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) reforçou que o processo de desmame da sedação e ventilação mecânica seguirá de acordo com a tolerância da paciente.
A jovem começou a despertar e a responder a estímulos depois de uma semana totalmente sedada. "A paciente segue em ventilação mecânica, sendo realizada traqueostomia em 30/12. Segue em protocolo de redução da sedoanalgesia e ventilação mecânica, apresentando boa resposta a essa redução de suporte", informou o boletim médico. Juliana foi baleada na cabeça e deu entrada na unidade de saúde em estado gravíssimo. Desde então, permanece sob ventilação mecânica.
Relembre o caso
Juliana foi atingida na cabeça por um tiro de fuzil no dia 24 de dezembro, na Rodovia Washington Luiz (BR-040). A vítima passava pela via, quando o carro em que estava com a família foi alvo de disparos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o pai da jovem, que dirigia o veículo, afirma que os tiros partiram de agentes da PRF.
Segundo a mãe de Juliana, os policiais atiraram mais de 30 vezes contra o carro da família. Além da jovem e a mãe, estavam no carro o pai da vítima, um outro filho do casal e a mulher dele. Eles saíram de Belford Roxo e seguia para a casa de uma irmã de Juliana, em Niterói, onde celebrariam o Natal.
A Polícia Rodoviária Federal afastou preventivamente os agentes que balearam a jovem. O Ministério Público Federal (MPF) também instaurou um Procedimento Investigatório Criminal analisar se houve tentativa de homicídio por parte dos agentes.
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