Rio - Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam, nesta segunda-feira (10), o dono de um ferro-velho clandestino que servia como ponto de receptação de materiais furtados de concessionárias de serviços públicos. O estabelecimento ilegal operava na Estrada Velha Carlos Sampaio, em Austin, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
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Durante a operação, os investigadores descobriram um sofisticado esquema de destruição de provas, com duas estruturas distintas usadas para incinerar fios furtados e eliminar suas identificações.
Uma das técnicas utilizadas era uma câmara subterrânea de quatro metros de largura por três de profundidade, equipada com uma grade metálica para queima dos fios. O calor intenso derretia o plástico, que escorria para o fundo, deixando o cobre pronto para revenda.
O outro método envolvia um container industrial, onde os materiais eram destruídos. Os agentes encontraram o local completamente tomado por fuligem e resíduos queimados, indicando um processo contínuo de incineração.
No local, foram apreendidos aproximadamente 400kg de fios e cabos furtados, reconhecidos por concessionárias como de uso exclusivo.
O responsável pelo ferro-velho, que não teve a identidade revelada, foi preso em flagrante por não apresentar documentação que comprovasse a origem dos materiais e por operar sem o Cadastro Estadual de Reciclagem (CER) ou alvará de funcionamento.
Ele foi autuado pelos crimes de receptação qualificada e crime ambiental, devido à queima ilegal de materiais tóxicos.
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