Agentes apreenderam fuzil, pistola, bloqueador de sinal GPS, granada, colete a prova de balas e carro roubadoReprodução
Acusado de tentativa de assalto a goleiro do Flamengo morre em confronto com a polícia
Vinicius Farias de Azeredo fazia parte do 'Bonde do Loirinho'. Ele seguia para a Zona Sul com um comparsa quando foi abordado em Ramos, na Zona Norte
Rio - Vinicius Farias de Azeredo foi morto na madrugada desta quinta-feira (25) durante uma ação contra a maior quadrilha de roubos de veículos do Rio, em Ramos, na Zona Norte. Em mais uma etapa da Operação Torniquete, a Polícia Civil mirou o "Bonde do Loirinho", envolvido na tentativa de latrocínio do goleiro Rossi do Flamengo e em roubos de turistas em frente ao Aeroporto Santos Dumont.
Vinicius seguia para a Zona Sul juntamente com o comparsa para roubar veículos. A dupla foi abordada na Rua Uranos, próximo ao Complexo da Penha, e houve troca de tiros. Ele foi baleado e chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu. O outro criminoso conseguiu fugir. As equipes apreenderam um fuzil calibre 556, uma pistola 9mm, um bloqueador de sinal GPS, uma granada, um colete a prova de balas.
Um carro modelo Toyota Corolla, roubado há cerca de 15 dias e usado pelo grupo para cometer crimes também foi apreendido. Na manhã desta quinta, apesar da noite de tensão, a reportagem de O DIA não encontrou reforço no policiamento da região. No entanto, uma viatura da Polícia Civil estava no local onde a troca de tiros aconteceu.
Segundo a polícia, Vinicius era investigado em cerca de dez roubos de veículos nas últimas semanas, nos bairros da Zona Sul, em um posto de combustíveis da Praça da Bandeira, e na Tijuca, na Zona Norte, além de no Centro. A força-tarefa monitorou os integrantes do "Bonde do Loirinho" por cerca de quatro meses, período em que ações vinham sendo realizadas para identificar os criminosos e o modo como atuavam. A quadrilha é ligada ao Comando Vermelho e chefiada por Rodrigo Correia Martins da Piedade, o "Loirinho", foragido desde junho de 2018. Contra ele há 14 mandados de prisão.
As investigações apontaram que a quadrilha realizou dezenas de roubos de automóveis nos últimos meses, agindo no final da noite e início da madrugada. Entre os casos, os de turistas em maio e na semana passada, em frente ao Aeroporto Santos Dumont, quando ameaçaram as vítimas com fuzis e uma adolescente teve o celular levado. Eles também participaram da tentativa de latrocínio contra o goleiro Rossi do Flamengo. Na ocasião, eles atiraram diversas vezes contra o carro blindado do jogador, quando tentavam roubar, na Linha Amarela.
"É sempre o mesmo modus operandi: utilizam um veículo roubado com uma placa de um veículo bom, portam arma de fogo de grosso calibre, utilizam colete e praticam roubos nessas regiões. Eles saeam do Complexo da Penha e vão para esses locais. A nossa inteligência conseguiu identificar que na data de hoje eles praticariam mais um roubo, tanto é que estavam usando colete, portando fuzil e o criminoso que conseguiu fugir estava com uma pistola", explicou o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis da Capital (DRFA-CAP), Mauro César da Silva Junior.
A ação foi realizada pela DRFA-CAP e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), junto com a 18ª DP (Praça da Bandeira), 22ª DP (Penha) e dos Setores de Inteligência do 1º Departamento de Área da Capital (DPA) e do Departamento Geral de Polícia Especializada(DGPE). Os agentes tiveram apoio do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (CIVITAS), da Prefeitura do Rio.
A especializada recebe informações pelo Whatsapp (21) 99536-4326. O sigilo é garantido. A segunda fase da Operação Torniquete tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, que financiam as atividades das facções, disputas territoriais e pagamentos a familiares de faccionados, presos ou soltos. Desde setembro de 2024, foram registradas de 640 prisões e cargas e veículos recuperados, avaliados em mais de R$ 42 milhões. As ações já ultrapassam R$ 70 milhões em bloqueio de bens e valores.
*Colaborou Érica Martin








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