Mara Godoy, do Sebrae Rio, explica a Sidney Rezende por que os espaços de coworking seguem em forte expansãoImprovement
“Um coworking precisa ser acolhedor, ter boa infraestrutura e uma localização que faça sentido para o público”, afirma Mara. “Mas o que realmente transforma o espaço é a possibilidade de troca de ideias e compartilhamento de conhecimento. Coworking é sobre conexões.” Essa atmosfera colaborativa, segundo a especialista, é um dos elementos que mais atrai empreendedores, autônomos, freelancers e até profissionais de empresas que adotaram modelos híbridos de trabalho.
Outro fator determinante para o crescimento desse mercado é a busca por flexibilidade. A analista destaca que a expansão dos espaços flexíveis está diretamente relacionada à redução de custos e à oportunidade de aumentar a produtividade em ambientes planejados para estimular o bem-estar. “O coworking cresceu muito porque oferece liberdade. As pessoas querem trabalhar em locais onde se sentem bem e podem conviver com profissionais diversos, ampliando suas perspectivas”, explica. Para Mara, a flexibilidade é a nova segurança, especialmente num cenário em que modelos tradicionais de escritório estão sendo repensados.
Quando o assunto é investimento, a criação de um coworking exige planejamento detalhado, mas não necessariamente um orçamento exorbitante. A especialista do Sebrae Rio reforça que o primeiro passo é entender o perfil do público que se deseja atrair e, a partir disso, definir a melhor localização. “É fundamental modelar o negócio, identificar quem é o usuário ideal, planejar custos e analisar o entorno. Crescer com responsabilidade é sempre o melhor investimento”, orienta. Além da estrutura física, elementos como conforto acústico, mobiliário ergonômico e serviços extras também pesam na decisão do cliente.
Para além da operação diária, os coworkings que se destacam são aqueles que conseguem transformar o espaço em um ponto de encontro ativo. Mara Godoy afirma que eventos, oficinas, rodas de conversa e atividades de networking são estratégias poderosas para fidelizar os usuários e fortalecer a comunidade local. “Os eventos criam relacionamentos profundos, geram valor contínuo e ajudam a formar uma rede colaborativa que faz o cliente querer voltar”, diz. Segundo ela, é nesse senso de pertencimento que está o verdadeiro motor do coworking moderno.
Diante desse cenário, o Rio segue acompanhando a tendência mundial de ambientes de trabalho mais leves, conectados e centrados no ser humano. A combinação entre localização, boas práticas de gestão e foco na experiência tem feito do coworking não apenas uma alternativa de economia, mas um estilo de vida para muitos profissionais.

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