Eduardo Aguiar teria anunciado a venda de sua moto dias antes do sequestroReprodução/Instagram

Rio – A Polícia Civil investiga o sequestro de Eduardo Aguiar Ferreira, de 24 anos, no bairro de Itaipu, em Niterói, na Região Metropolitana. O jovem foi abordado e levado pelos criminosos por volta das 16h40 de segunda-feira (24).
De acordo com investigações da 81ª DP (Itaipu) - que assumiu o caso após a família registrar o caso na Delegacia Antissequestro (DAS) -, Eduardo trafegava de motocicleta pela Rua Jaerthe Pimentel de Medeiros, esquina com a Rua 32, quando três homens o colocaram à força dentro de um carro, modelo Toyota Corolla, cor prata. Em seguida, eles fugiram em direção à Avenida Central, deixando a moto no local.
Agentes da distrital constataram que a última localização enviada pelo iPhone da vítima foi registrada às 20h30 do mesmo dia, em Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Câmeras de segurança do município, no entanto, não registraram a passagem do veículo usado pelos criminosos na região.
Até o momento, dentre as linhas de investigação consideradas, duas se destacam: uma possível desavença com o atual companheiro de uma ex-namorada e a comercialização de uma carga de cigarros de origem ilícita.
Ao DIA, uma familiar de Eduardo, que preferiu não se identificar, afirmou que os criminosos ainda não fizeram qualquer contato para pedir resgate. Familiares e amigos também tentam ligar para o celular do jovem, mas o aparelho está desligado.
Sobre o possível desentendimento com o companheiro de uma ex-namorada, houve relato de pelo menos uma mensagem intimidadora: "O rapaz chegou a ameaçar o Eduardo", comentou a fonte ouvida pela reportagem, acrescentando que, apesar desse episódio, o jovem não tinha inimizades, o que dificulta imaginar o que possa ter motivado o crime: "Todo mundo conhece e gosta do Eduardo".
Além disso, a família relembra que, dias antes do ocorrido, Eduardo havia anunciado na internet que estava vendendo a moto que usava no dia em que foi levado. “Uma pessoa entrou em contato, eles negociaram e marcaram próximo à casa de um familiar do Eduardo”, relatou a parente, destacando que o caso tem deixado os familiares angustiados: "A gente não sabe onde ele está, se está vivo ou morto. Estão todos desesperados, o pai dele... A gente nunca pensa que uma coisa dessa pode acontecer e não deseja isso para ninguém", concluiu a familiar da vítima.