Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, chegou à sede da PF em uma viatura da SeapÉrica Martin/Agência O Dia

Rio - O ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, deixou o Complexo de Gericinó, em Bangu, onde está preso desde o início de setembro, para prestar depoimento na sede da Polícia Federal no Rio, no Centro da cidade. Ele foi convocado para esclarecer detalhes sobre os desdobramentos da operação que levou à prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), nesta quarta-feira (3).
TH chegou em uma viatura da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Ele estava sentado no banco de trás, com os vidros fechados. Dentro da Superintendência Regional da PF, permaneceu por cerca de duas horas. Ele retornou ao presídio por volta das 14h50. No mesmo prédio também estava Bacellar, com quem mantém uma relação considerada estreita pela PF, mas os dois não chegaram a se encontrar.
O presidente da Alerj foi preso por suspeita de vazar informações da operação contra uma quadrilha especializada no tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Os alvos eram TH, um delegado da Polícia Federal, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual e liderança do CV no Complexo do Alemão, Zona Norte.
Na ocasião, a PF já apurava o vazamento de informações, porque TH não havia dormido em casa, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste. "O deputado estadual TH não estava em casa, tinha fugido. Vamos instaurar um inquérito para apurar um eventual vazamento de informação. Temos indicativos de que chegou ao conhecimento dele e nós vamos apurar", afirmou o superintendente Fábio Galvão à época. 
No pedido de prisão de Rodrigo Bacellar, a Polícia Federal apresentou trocas de mensagens em que TH se refere ao presidente da Alerj como "01" e inclui o telefone do deputado em uma lista de "comunicação urgente".
*Colaborou Érica Martin