Incêndio de grandes proporções atingiu o pavilhão 43 da Ceasa. Imagem desta quarta-feira (3)Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - O pavilhão 43 da Ceasa continua interditado nesta quinta-feira (4), um dia após um incêndio de grandes proporções atingir 28 lojas, em Irajá, Zona Norte, na madrugada desta quarta-feira (3). O Corpo de Bombeiros controlou as chamas, em uma força-tarefa que durou mais de 30 horas, mas os militares ainda permanecem no local para evitar novos focos enquanto os escombros são movimentados durante trabalho de limpeza. Apesar disto, a central funciona normalmente.

O caso está sendo investigado pela 27ªDP (Vicente de Carvalho). A Polícia Civil informou que, devido a existência de focos de incêndio, os peritos aguardam o trabalho do Corpo de Bombeiros. Outras diligências estão em andamento para apurar os fatos.

Por meio de nota, a Ceasa informou que não há risco de desabastecimento e o mercado funciona normalmente, com exceção do pavilhão 43, que permanece parcialmente interditado. Dos 50 boxes, 28 foram atingidos, enquanto os demais seguem operando.

A central destacou que o abastecimento de alimentos na capital e em diversas regiões do estado segue plenamente garantido. O incêndio não comprometeu o fluxo de entrada e saída de produtos, e o mercado segue aberto ao público e aos comerciantes.

“A Ceasa/RJ reforça que não há previsão de aumento de preços em razão do incidente. Isso se deve ao fato de que a área afetada representa uma parte específica da Central, que não concentrava produtos capazes de gerar desabastecimento, além de o recebimento de caminhões permanecer normalizado”, disse a nota.

Responsável pelo abastecimento da cidade do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense, a Região Metropolitana, a Região Serrana e diversos municípios do interior, a Ceasa recebe entre 500 e 600 caminhões de carga por dia. Por mês, aproximadamente 120 mil toneladas de alimentos são escoados.

“A administração da Ceasa/RJ reforça que permanecerá adotando as medidas necessárias para garantir o pleno funcionamento da Central e a segurança de todos”, finalizou a nota.
Ao DIA, diversos lojistas lamentaram o prejuízo após as chamas atingirem o local. Comerciantes, que estavam com altas expectativas de vendas para as festas de fim de ano, perderam tudo o que tinham em seus estabelecimentos.
"Dezembro é um mês bom, a gente trabalha bem e agora a gente não sabe nem como vamos começar, possivelmente a gente não vai conseguir continuar", lamentou a empreendedora Natasha Giovanni, de 41 anos, dona de um dos estabelecimentos que pegou fogo.