Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas pelos desaparecidos no naufrágio na Baía de GuanabaraMarcos Porto/Agencia O Dia

Desde domingo, eu tenho acompanhado toda a repercussão sobre a tragédia com a embarcação na Baía de Guanabara.

Primeiro a expectativa do resgate de vidas, depois, infelizmente, o resgate de corpos… E agora, como a gente trabalha muito tempo com o jornalismo, cabe levantar alguns pontos aqui… Lembrando que tragédias acontecem, ninguém tá aqui pra julgar isso.

Mas o nosso trabalho é o de cobrança. E é esse o jornalismo que eu acredito!

Porque ninguém usava o colete? Onde estavam esses coletes?

Seu João de Assunção, pai de uma das vítimas fatais, disse que a nora chegou a ver alguns amarrados no barco. Então, por lei, eles deveriam estar no corpo de cada um que estava lá!

Os vídeos estão aí, são provas muito importantes de investigação… Testemunhas afirmam que várias embarcações saem daquela localidade no verão. Aí te pergunto: será que todas seguem os critérios da Capitania dos Portos?

Longe de mim afirmar alguma coisa, mas não se pode tratar uma situação dessa como um simples “aconteceu”.

Foram vidas perdidas, famílias desoladas pelo os que se foram… É por essa dor que tudo deve ser muito bem avaliado é explicado.

Não foi “destino”, “acaso”. São histórias que afundaram naquele barco!

Quando perguntam pro Seu João “quem foi seu filho?”… Dói. Mas é necessário, jornalisticamente falando…

Uma vida pela frente, interrompida no domingo à tarde, num passeio. Enquanto a esposa dele, sobrevivente, vai carregar as lembranças dos gritos de desespero e da falta de salvamento.

Não foi tormenta inesperada, pode ter sido tragédia anunciada!
PINGO NO I
“O ano letivo mal começou e meus filhos já tiveram que faltar aula, porque a bala tava voando. Eu não vou colocar em risco a vida deles, mas é sacanagem fazer operação bem na hora que eles estão indo pra escola”.

A reclamação veio da Zona Oeste e também da Zona Sul… Da Vila Kennedy e da comunidade dos Guararapes, no Cosme Velho. É um assunto muito sensível, mas legítimo! Os moradores têm toda razão de reclamar, como essa moradora fez.

Imagina ela como mãe?! Ela não quer saber quem manda ou deixa de mandar, apenas que as autoridades estivessem presentes com dignidade, escola, posto de saúde…

Não com um vagabundo, que fica de fuzil, troca tiro de madrugada com facção rival e faz a polícia ter que entrar no raiar do dia, porque é o que a lei permite! Aí quando entra, o pipoco come.

Os moradores precisam ser ouvidos, para que se leve em consideração a forma de minimizar riscos! Porque o poder de legalidade e segurança, vagabundo tá pouco se lixando!
TÁ PUXADO!
Decidi no segundo tempo ir pra academia, porque sei que em casa a torcida era contra o Flamengo… Marido e filho secando…

Não sei se fiz um bom negócio. Sou dessas! Quando meu time não tá muito bem, não consigo ver. Na academia, praticamente vazia, não olhava pra TV, apenas acompanhava pelas caras de dois personais, um flamenguista e outro vascaíno. Quer termômetro mais quente que esse?!

Com o passar do tempo, o vascaíno começou a olhar mais pra tela da TV, enquanto o flamenguista, nitidamente perdia aos poucos as esperanças, mesmo com toda confiança que a gente sempre tem em decisões.

No terceiro gol, já era. O sorriso contido do vascaíno ficou menos tímido. E o flamenguista, batendo na tecla de que o time estava melhor… Teve até mais um gol!

No final, Maurício, o vascaíno, disse: “o ruim se destrói sozinho”.

Marcelo, o flamenguista, não aceitou. Disse que o vencedor ainda em campo era o Flamengo!

Perguntei o que era mais triste: a eliminação da seleção da Copa ou o Flamengo não ter ido na final.

A resposta veio rápida: claro que o Flamengo não ir. Brasil joga mal, Flamengo nunca!

Não deu…. no Marrocos, o Mengão ardeu no mármore. Agora é torcer na real, né… Ou pro Real. Será? Vai que dá zebra.