União da Ilha no desfile da Série Ouro, em homenagem ao centenário da PortelaALEX FERRO

“Precisamos falar do trabalho maravilhoso que eu vi aqui nesses dois dias de Série Ouro.” Já passava das sete da manhã quando Igor Peres, o meu produtor, enlouquecido pelos desfiles das escolas de samba, me mandou essa mensagem. A gente sabe que o primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial, onde o mundo se volta para assistir as escolas da elite, já está aí… Mas o destaque precisa ser dado, sim, às escolas do grupo de acesso!
Não foram poucos os desafios até chegar ao dia oficial de pisar na passarela do samba… Faltam de recursos, de um espaço decente para fazer o Carnaval acontecer, chuvas que alagaram por dias esses barracões...  Tinha tudo mesmo para dar errado, mas os profissionais da festa não deixaram a peteca cair. Foi um espetáculo para ninguém botar defeito!
E um ponto que o Igor me destacou, faz todo o sentido… Mesmo com a “corda no pescoço”, as escolas do grupo de acesso têm uma leveza que o Grupo Especial talvez não tenha. Pode até haver uma tensão, mas o alívio de entregar para sua comunidade um desfile digno e alegre abafa tudo isso!
“Todas, sem exceção, passaram muito inspiradas, com seus enredos pensantes, mas sem perder a essência daquilo que vale pra festa: o ‘brincar Carnaval’. O povo que tá ali pra assistir se sente representado! Vale ponto, vale o título, mas vale também o sorriso de cada um que tá ali cumprindo sua missão”, afirma Igor.
Aconteceram problemas? Segundo ele, claro que sim, faz parte! Vai ganhar quem errou menos, e isso vale para todos os grupo. Mas o que essa coluna quis falar hoje é exatamente o poder que uma festa popular tem na vida de tanta gente, seja no âmbito econômico ou no social. Com todo respeito às escolas que passaram ontem e vão passar hoje na avenida, mas festa raiz a Série Ouro mostrou que sabe fazer!
Agora é aguardar a apuração, para saber quem pega a oportunidade de abrir os festejos em “outro patamar” lá em 2024. E bora que ainda tem folia pela frente… Separa a purpurina, porque não acabou!
TÁ SOLIDÁRIO!
“Isabele, sei que ninguém tem nada a ver com isso, mas olha o estado da minha casa, perdi tudo. A água escorreu pelas paredes, alagou todos meus móveis, meu fogão, geladeira. Tô desesperada”.
O pedido é da Rosângela, de Ramos, mais uma moradora do Rio atingida pelas chuvas das últimas semanas. Pelos vídeos que ela enviou, dá pra ver a quantidade de água que invadiu a casa… Ela até tentou conter a força da água com baldes, mas foi muita chuva… Não deu pra controlar! Em cima do fogão tinha uma cachoeira.
A gente sabe que o momento é de folia, mas bora ajudar nossa leitora e todo mundo que precisa?! O telefone para ajudar a Rosângela, com qualquer doação, é: (21) 3065-2390. Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Carnaval fica muito mais especial quando se tem consciência e empatia, e tenho dito!