Na semana em que a gente tem a notícia da desistência de famílias de Rio das Pedras, de ficar no bairro que estão há 30, 40, 50 anos, por causa da guerra de milícia e tráfico, completa um ano que essa coluna foi a primeira a mostrar, por meio da confiança de moradores da Gardênia, que ela não era mais azul e sim vermelha.

Doze meses depois temos um território de guerra e não que milícia era algo bom. O mal não exclui o mal. Mas a analogia um ano depois é clara. Berço de grupos paramilitares é berço também de migrantes do Norte e Nordeste, brasileiros que vieram reconstruir um Rio há décadas, no momento em que ele deixava de ser capital federal e agora desistem e vão embora por um medo muito maior: vácuo de poder.
Não importa de onde tá vindo a bala. Ela mata ! Azul, vermelha, narcomiliciana ou travestida de discurso de púlpito sujo. Moradores desesperados que sempre foram explorados por tudo. “Impostos” a pagamentos e crimes de sangue, vivem a instabilidade nunca imaginada.

“Vimos comerciantes morrerem, motoboys, filhos únicos e ninguém com envolvimento mataram para dominar território. Não vou pagar para ver ou deixar minha família vivenciar isso. Vou embora” contou um senhor que veio na década de 70 do Ceará.

Sexta mais um terror, o fogo na mata perto da CDD. Palco de luta de loteamentos já deixou a população alerta para mais um final de semana de possível guerra de poder e assim seguem…
3,2,1.
Dedo na cara