Coronel Claudia Moraes, hoje a primeira porta-voz da PMDivulgação
O fato de termos mulheres em posições de visibilidade em corporações sempre me chamou atenção. Raros são os lugares onde mulher é maioria em destaque, mas a gente sabe que em alguns específicos é rasgar no dente os espaços.
Nas polícias, então, primeiro na parte administrativa, interna e algumas outras me sempre me chamaram atenção. A Coronel Claudia Moraes, hoje a primeira porta-voz da PM, foi uma delas.
Em comum, está a nossa luta pelas mulheres. Ajudou a implementar a Patrulha Maria da Penha, trabalho reconhecido na ONU.
E agora fala não só do ponto da luta feminista. É destaque para uma corporação feminina inteira, sedentas por lugares de destaque.
Aqui um pouco do que ela pensa nesse momento da carreira:
"Mulheres trabalhando nas ruas é um estímulo para que mais mulheres se inspirem e queiram entrar para o polícia. Porém, é importante fugir das visões estereotipadas de que as mulheres vêm para 'humanizar' ou 'embelezar' a instituição. É inegável que há diferenças entre homens e mulheres, mas aspectos como competência e profissionalismo devem vir em primeiro lugar. Acredito que seja uma questão de tempo para que a presença das mulheres nas carreiras policiais seja tão naturalizada como é para os homens".
Oficial do Quadro de Oficiais Combatentes da PMERJ há 24 anos
"No ano de 2000, as oficiais femininas da primeira turma do Curso de Formação de Oficiais da PM de 83 já eram referências, mas nada perto de hoje. Ao longo dessa trajetória profissional tive a honra de ser Coordenadora Estadual de Conselhos Comunitários de Segurança (CCS) e de participar entre 2010 e 2018 da organização do Dossiê Mulher, um dos mais importantes relatórios temáticos do Instituto de Segurança Pública e foi nessa experiência com os dados da violência contra a mulher que houve meu despertar para esse problema e meu engajamento com o tema. Experiência essa que foi fundamental no trabalho desenvolvido no Programa Patrulha Maria da Penha ao longo de quase 5 anos".
"No ano de 2000, as oficiais femininas da primeira turma do Curso de Formação de Oficiais da PM de 83 já eram referências, mas nada perto de hoje. Ao longo dessa trajetória profissional tive a honra de ser Coordenadora Estadual de Conselhos Comunitários de Segurança (CCS) e de participar entre 2010 e 2018 da organização do Dossiê Mulher, um dos mais importantes relatórios temáticos do Instituto de Segurança Pública e foi nessa experiência com os dados da violência contra a mulher que houve meu despertar para esse problema e meu engajamento com o tema. Experiência essa que foi fundamental no trabalho desenvolvido no Programa Patrulha Maria da Penha ao longo de quase 5 anos".
“Entendo minha atual função como coordenadora da comunicação social e porta-voz Polícia Militar como uma imensa honra e responsabilidade que me foi confiada pelo alto comando da PMERJ, não é simples ser a voz de uma instituição de Estado com mais de 215 anos, que lida diariamente com desafios que vão desde aqueles mais simples do cotidiano até os desafios complexos e extraordinários. Nesse caminho conto com a confiança do Comando da Corporação, apoio dos bons feitos de nossa tropa que são dignos de valorização e reconhecimento e o suporte imprescindível de minha magnífica equipe, sem a qual nada seria possível”.
É a primeira vez que a Coronel fala sobre o desafio que já é sentido na firmeza de encarar não só a glória de uma boa operação como o risco.
de dar explicações de situações que não se pode fugir.
Afinal transparência é bom para o escudo e para a sociedade.
de dar explicações de situações que não se pode fugir.
Afinal transparência é bom para o escudo e para a sociedade.
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