São oferecidas aulas de canto, flauta, história da música, teclado, violão e teoria e percepção musical - FOTOS Divulgação
São oferecidas aulas de canto, flauta, história da música, teclado, violão e teoria e percepção musicalFOTOS Divulgação
Por LUIZ ALMEIDA

Rio - O distrito de Conservatória, em Valença, no Sul Fluminense, é reconhecido como a Capital da Serenata no Estado do Rio. Afinal, respira música por toda parte, com apresentações semanais de seresteiros pelas ruas da pequena localidade, além de abrigar os museus Vicente Celestino e Silvio Caldas, dois importantes ícones do cancioneiro brasileiro. Tanta tradição, é claro, é motivo de orgulho para todos os moradores.

Entre eles, a jovem Juliana Maia, que se esforça para manter viva a tradicional serenata. Não à toa, a cantora e musicista está à frente, desde 2014, do projeto social Harmônicos de Conservatória, que funciona no Teatro Sonora, espaço que também foi criado por ela própria. Nele, oferece gratuitamente a crianças, adolescentes e adultos aulas de canto, flauta transversa, história da música, teclado e violão, além de teoria e percepção musical.

"Sinto a dificuldade que Conservatória tem de preservar a serenata, que é uma tradição centenária. Então, resolvi criar o projeto. Acredito que somente com a geração de novas plateias e artistas que conseguiremos manter viva a nossa tradição. É necessário olhar para as crianças", observa, Juliana Maia.

Atualmente com cerca de 100 alunos, com idades entre 12 e 25 anos, o Harmônicos de Conservatória tem também turmas de canto coral para adultos a partir de 30 anos cinco professores ficam responsáveis pelas aulas. De acordo com Juliana Maia, o projeto tem como objetivo desenvolver o potencial artístico e é totalmente independente.

De acordo com Juliana Maia, o projeto conta somente com o apoio dos Amigos do Teatro Sonora e também da renda revertida com a venda das camisas 'Sonorizando a Vida'. Mesmo com as dificuldades, a cantora e musicista não desanima. Ao contrário, segue em frente na divulgação da serenata. "É preciso descentralizar a cultura, divulgar em todas as regiões. A maior intervenção que pode existir no nosso estado será através da arte, pois ela agrega valores, traz cidadania, é para a coletividade", enfatiza.

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