Juninho Bernardes, prefeito de Paty do Alferes - Divulgação
Juninho Bernardes, prefeito de Paty do AlferesDivulgação
Por LUIZ ALMEIDA

Rio - Ao chegar à Prefeitura de Paty do Alferes, Juninho Bernardes se deparou com uma dívida de cerca de R$ 10 milhões, que emperrava a máquina administrativa. Foi preciso, então, organizar as finanças e enxugar custos e secretarias. Passado um ano e nove meses, somente agora o município consegue recuperar a capacidade de investimentos. E para a cidade voltar a crescer, o prefeito tem atuado em diversas frentes. "Nosso principal objetivo é a geração de emprego, a diversificação da agricultura, o turismo rural e o projeto de qualificação dos empregados do setor têxtil", enumera.

O DIA: Quais têm sido os principais desafios à frente da prefeitura? 

Juninho Bernardes: O primeiro ano de governo à frente da Prefeitura de Paty do Alferes foi de arrumação da casa, de organização das finanças. Foi um trabalho muito difícil. Precisamos enxugar todos os custos, extinguimos secretarias e ainda demos início ao pagamento das dívidas da cidade, que somavam mais de R$ 10 milhões. Só agora no segundo ano de governo é que as coisas começam a acontecer. A cidade está organizada e os projetos estão vingando. Vamos entregar nova escola no bairro de Granja Nova Califórnia, que ficará pronta em meados de 2019. Na Saúde, temos reforçado a atenção básica e fazendo diversos mutirões para zerar demandas, além de buscar verbas em Brasília para investir mais na pasta. Também em 2019 vamos inaugurar nova Unidade de Atenção Básica, que ficará em Arcozelo.   

Recentemente, Paty do Alferes aprovou lei de fomento ao turismo. Qual a importância dela para o desenvolvimento do setor na cidade?

Temos um potencial turístico muito grande. Recebemos muitos visitantes nos fins de semana, mas faltava mostrar os atrativos da cidade. Objetivo é fazer do setor um forte gerador de emprego e renda para o município. Como nosso forte é o turismo rural, estamos montando roteiros rurais para que os visitantes possam conhecer nossos atrativos. Queremos fomentar o turismo de experiência, com passeios por propriedades agrícolas daqui, onde os turistas poderão vivenciar e ter contato com a produção local, podendo colher no pé, por exemplo. Passeios vão servir para que eles possam ver que leite não vem da caixinha e tomate não nasce no supermercado.

E os roteiros turísticos já estão definidos?

Estamos no final do projeto de montagem deles, que estão sendo feitos em parceria com o Sebrae. Os roteiros vão incluir, além das visitas aos produtores rurais, pesque-pague e minifazendas, passeios por pontos turísticos da cidade, como o Museu da Cachaça, destacando ainda as belezas naturais do município. 

Paty do Alferes é conhecida como a Cidade do Tomate, em função da grande produção da fruta. Como tem sido trabalhada a agricultura no município?

Damos todo suporte à produção tradicional. Mas temos investido também no cultivo protegido, que acontece dentro de estufas. Investimos ainda na diversificação das culturas, como legumes e verduras, além de outras frutas e a produção de ovos caipiras. Outra iniciativa para estimular a agricultura local é a realização semanal, aos sábados, da feira de produtores, que acontece no Centro. A feira, por sinal, acaba valorizando também o turismo.

Uma das grandes dificuldades dos municípios do interior é a geração de emprego e renda. Como estimular o desenvolvimento econômico da cidade?

Acredito que a indústria é uma grande geradora de empregos. Mas como estamos localizados fora dos grandes eixos rodoviários (BR-040, BR 393, Presidente Dutra), que facilitariam o escoamento da produção, temos dificuldade de atrair as grandes fábricas e gerar, por exemplo, 500 empregos cada. Por isso, apostamos na agricultura e no turismo rural. Mas também temos investido na capacitação dos trabalhadores da nossa indústria têxtil, que aqui na cidade emprega cerca de 400 pessoas. Objetivo é que tenhamos mão de obra qualificada para que até mesmo novas confecções de roupas possam se instalar aqui e utilizar nossa força de trabalho.  

 

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