Equipes da Defesa Civil e Secretaria de Obras improvisaram estrutura protetiva no porto de Barcelos Foto Secom/Divulgação

São João da Barra – A Defesa Civil de São João da Barra está em sistema de prontidão redobrada, em razão do nível elevado do Rio Paraíba do Sul, que ameaça transbordar no município. Uma das providências consideradas fundamentais para aumentar a vazão do rio e diminuir a pressão nos diques da região do município é a abertura da barra do Pontal de Atafona.
O governo municipal fez a solicitação ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea); técnicos do órgão avaliaram a possibilidade na tarde de ontem (09) e estão providenciando a medida nesta terça-feira, por determinação do governador Cláudio Castro.
Segundo o Inea, a orientação do governador, através do secretário de Governo Rodrigo Bacellar, é para que toda equipe do órgão esteja mobilizada em Campos dos Goytacazes, São João da Barra e o Norte/Noroeste Fluminense; o objetivo é agilizar ações em função das chuvas e elevação dos rios.
A Defesa Civil Municipal atua de forma preventiva em pontos vulneráveis, como o porto do distrito de Barcelos e o dique São João, no Bairro de Fátima. Na última medição apresentada, o nível do rio estava estabilizado em 6,3 metros, com possibilidade de voltar a subir.
A cota de transbordo no centro da cidade, onde é feita a medição, é de 8 metros. Em Barcelos, desde ontem, a Secretaria de Obras e a Defesa Civil montaram proteção com sacos de areia em toda extensão do porto; a iniciativa também aconteceu no dique São João, com participação da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos.
A Secretaria de Comunicação (Secom) lembra que no ano passado o governo estadual fez uma intervenção provisória no local do rompimento do dique de Barcelos, que por enquanto não apresenta risco: “também em 2022, a prefeitura fez levantamento dos pontos críticos onde poderiam ocorrer novos rompimentos”.
A Secom assinala que o relatório foi encaminhado, juntamente com o mapeamento dos danos e procedimentos para recuperação ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ), Fundação Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Ministério Público Estadual e Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras: “em novembro e no início deste ano a prefeitura reiterou ao Inea a necessidade de avaliação da segurança da obra realizada e dos demais pontos vulneráveis”, conclui.