Etapa brasileira do campeonato mundial de surfe deve começar nesta quarta-feira em Saquarema
Início do Vivo Rio Pro apresentado por Corona está previsto para às 7h. Evento vem sendo adiado desde sábado (22) devido às más condições de ondas no mar
Yago Dora treinando na Praia de Itaúna para buscar o bi no Vivo Rio Pro - Daniel Smorigo/WSL
Yago Dora treinando na Praia de Itaúna para buscar o bi no Vivo Rio Pro Daniel Smorigo/WSL
Saquarema - O Vivo Rio Pro apresentado por Corona deve começar nesta quarta-feira (26), às 7h, na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A etapa brasileira do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) é a penúltima para definir quem vai disputar os títulos mundiais da temporada 2024 no Lexus WSL Finals em Trestles, na Califórnia. Portanto, é uma competição decisiva e a prioridade é que seja disputada nas melhores ondas possíveis na Praia de Itaúna. O evento vem sendo adiado desde sábado (22), mas o público aproveitou para se divertir e curtir as várias atrações da Vila dos Patrocinadores, que abre todos os dias com ou sem competição na Capital Nacional do Surf.
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A previsão das ondas está muito boa para os próximos três dias, então o show de surfe está garantido. A expectativa agora é se o Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, será inaugurado pela categoria feminina ou pela masculina. Isso só será decidido nas primeiras horas da manhã da quarta-feira. Se a direção técnica do evento, escolher começar pelas mulheres, a estreia do Brasil será em dose dupla na segunda das quatro baterias. Nesta primeira fase, as vencedoras avançam direto para as quartas de final e as perdedoras têm outra chance de classificação nos duelos eliminatórios da repescagem.
A única brasileira que está na briga por vaga no top-5, é Tatiana Weston-Webb. Ela e uma das três convidadas para o Vivo Rio Pro esse ano, Tainá Hinckel, vão enfrentar a líder do ranking e campeã da etapa brasileira do CT no ano passado, Caitlin Simmers. Na terceira bateria, tem a Sophia Medina com a campeã mundial Caroline Marks e a havaiana Bettylou Sakura Johnson. E na quarta e última, está Luana Silva com a costa-ricense Brisa Hennessy e a havaiana Gabriela Bryan.
Se o Vivo Rio Pro apresentado por Corona for iniciado pelos homens, os dois convidados serão os primeiros brasileiros a tentar passar direto para as oitavas de final. Mas quem não vencer, terá uma segunda chance na repescagem, quando as baterias passam para o formato homem a homem. Vice-campeão da etapa brasileira em 2022, Samuel Pupo está na terceira bateria com os australianos Jack Robinson e Ryan Callinan. E o local de Saquarema, João Chianca, entra na quarta com o atual líder do ranking e bicampeão mundial John John Florence e o marroquino Ramzi Boukhiam.
Os três brasileiros que estão batendo na porta de entrada dos top-5, foram escalados nas baterias que vão fechar a primeira fase. O número 6 do ranking, Gabriel Medina, estreia na sexta com o indonésio Rio Waida e o italiano Leonardo Fioravanti. O sétimo, Italo Ferreira, entra na sétima bateria com o americano Crosby Colapinto e o australiano Liam O´Brien. Na última, o oitavo colocado, Yago Dora, faz a sua primeira defesa do título do Vivo Rio Pro, contra o californiano Jake Marshall e Matthew McGillivray da África do Sul.
Vagas no TOP-5
Os três brasileiros estão numa briga direta, fase a fase, com outro sul-africano, Jordy Smith. No momento, ele está fechando o grupo dos top-5, que se classifica para decidir o título mundial no Lexus WSL Finals. Entre os quatro, quem conseguir o melhor resultado no Vivo Rio Pro apresentado por Corona, ficará na frente. Jordy Smith tem 24.970 pontos, contra 24.235 do Medina, 24.045 do Italo e 23.835 do Yago. O trio titular da seleção brasileira da WSL, se destacou nas duas últimas etapas.
O tricampeão mundial Gabriel Medina fez o maior somatório em etapas do CT depois da pandemia, com o tubaço nota 10 em Teahupo´o e os 19,83 pontos que atingiu nas oitavas de final do SHISEIDO Tahiti Pro. O recorde era 19,33 do John John Florence, também em um tubo na etapa do Havaí em Pipeline em 2023. Italo Ferreira foi o campeão em Teahupo´o esse ano, na final com o havaiano que depois venceu a etapa de El Salvador, derrotando Yago Dora. John John não perde a liderança do ranking no Vivo Rio Pro apresentado por Corona e foi o primeiro a garantir seu nome no Lexus WSL Finals.
Década de ouro
O havaiano é o único surfista que conseguiu impedir a hegemonia de títulos mundiais nessa década de ouro do Brasil. O fenômeno Gabriel Medina foi o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo em 2014, Adriano de Souza foi o segundo em 2015 e John John Florence foi bicampeão em 2016 e 2017. Medina igualou o bi em 2018, o campeão olímpico Italo Ferreira conquistou o título de 2019 e em 2020 o circuito foi cancelado por causa da pandemia. Depois só deu Brasil no novo formato para decidir o título em um único dia, entre os 5 melhores da temporada. Gabriel Medina entrou no seleto grupo de tricampeões mundiais no WSL Finals de 2021 e Filipe Toledo foi bicampeão nas ondas de Trestles em 2022 e 2023.
Na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã mundial do primeiro WSL Finals em 2021, perdendo para Carissa Moore a melhor de três baterias que decidiu o título. Em 2022, a brasileira ficou em quarto lugar e no ano passado não se classificou. Neste ano, a situação está difícil para ela, que chegou no Brasil em oitavo no ranking. A única chance para Tatiana entrar no grupo das top-5 no Brasil, é a vitória no Vivo Rio Pro em Saquarema. Só assim consegue ultrapassar a pontuação atual da australiana Molly Picklum e da francesa Johanne Defay, que dividem a quarta posição no ranking.
WSL Finals 2024
No momento, as top-5 que estão se classificando para o Lexus WSL Finals 2024 em Trestles, na Califórnia, EUA, são Caitlin Simmers em primeiro lugar, com a campeã mundial Caroline Marks em segundo, Brisa Hennessy em terceiro e Molly e Johanne empatadas em quarto lugar. Entre os homens, John John Florence já está garantido nos top-5 e Jack Robinson ocupa a segunda posição, com Griffin Colapinto em terceiro lugar, Ethan Ewing em quarto e o mais ameaçado, Jordy Smith, fecha os top-5.
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