Leonardo Vasconcellos garante que já tem promessa de recursos da bancada de deputados estaduais para a primeira etapa da construção do hospitalCâmara Municipal

Teresópolis - No último dia 6 de outubro, a população de Teresópolis elegeu como próximo prefeito do município Leonardo Vasconcellos (União Brasil). O atual vereador e presidente da Câmara Municipal recebeu 28,09% dos votos válidos, 25.186 mil votos, com uma diferença de apenas 398 votos para o segundo colocado, Julio Rocha (Agir), e de 769 votos para o terceiro lugar, Mário Tricano (PP). Há quase um mês das eleições, o futuro prefeito da cidade vem estruturando sua futura equipe e tem feito anúncios sobre importantes ações que pretende priorizar em seu governo, entre eles a construção do hospital municipal. Sobre este e outros temas, Leonardo Vasconcellos conversou com exclusividade com o Jornal O Dia Teresópolis. Confira:
O DIA - Como o senhor avalia o resultado bastante apertado das eleições entre os primeiros colocados? Quais serão os desafios de governar sabendo que mais de 70% dos eleitores não votaram no senhor?
LV - Vejo esse equilíbrio como um reflexo do desânimo da população com a política, um sentimento que se consolidou após anos de estagnação, especialmente de um governo no qual se depositou tanta esperança e que entregou muito pouco. Por outro lado, o resultado destas eleições demonstra que a vontade daqueles que têm esperança e desejam uma cidade melhor ainda prevalece. Tivemos um pleito complicado, em que vimos um grande mecanismo, composto por diversas forças políticas, sendo usado para desacreditar pessoas, atacar e disseminar desinformação. Ainda assim, a população optou pela única candidatura que se dedicou exclusivamente a apresentar propostas. Agora, é hora de arregaçar as mangas e mostrar a todos que nossa cidade pode muito mais. Tenho plena consciência dos desafios que temos pela frente, mas também a certeza de que, em breve, a população verá que Teresópolis terá um prefeito comprometido, que trabalha dia e noite para elevar nossa cidade ao patamar que ela merece. Não há desafio que não se supere com fé e com muito trabalho. 
O DIA - O senhor pretende compor o governo exclusivamente com políticos e técnicos de Teresópolis ou considera trazer pessoas de fora para ocupar as secretarias?
LV - Entendo que o local de residência de uma pessoa não pode ser mais importante do que sua capacidade técnica. Por outro lado, todo a nossa jornada até aqui foi baseada na ideia de pertencimento, de valorização das nossas raízes e da importância de colocar Teresópolis acima de tudo. Portanto, é natural que minha equipe de governo seja formada, prioritariamente, por pessoas de Teresópolis, que tenham conexão e conhecimento do município e, além disso, o perfil necessário para lidar com os desafios específicos que que a cidade apresenta neste momento.
O DIA - Especificamente em relação à saúde, o senhor já confirmou que construirá o hospital público municipal e apontou o local. Qual é o custo estimado de construção da unidade e de onde virão os recursos?
LV - Os custos podem variar bastante devido ao porte do hospital, ao projeto de engenharia e à adequação às normas, mas estimamos que a construção superará R$ 30 milhões. Uma obra desse porte não pode ser custeada apenas com recursos municipais, e por isso, há dois anos, mantenho diálogos com diversos entes políticos, especialmente parlamentares da bancada do Rio de Janeiro, para garantir o apoio necessário. Hoje, posso afirmar que, com as verbas já comprometidas pelos deputados, temos o montante necessário para concluir a primeira etapa de construção do Hospital de Teresópolis.
O DIA - Em quanto tempo o hospital deverá ficar pronto?
LV- Estimar prazos para um projeto tão complexo, sobretudo em um momento de transição, onde ainda estamos tomando ciência da verdadeira situação em que as contas públicas estão, não é tarefa fácil. O que posso manifestar aqui é minha convicção de que temos a capacidade de concluir a etapa de construção em menos de dois anos, permitindo que a população já possa contar com os serviços do nosso tão sonhado hospital, mesmo que em operação parcial, dentro desse prazo.
O DIA - Por que da escolha do local, na Av. Alberto Torres, em frente ao Hospital São José? Houve um estudo de viabilidade, considerando que é a principal via da cidade e que já existe outra unidade de saúde próxima? O senhor considera que a região suportará um equipamento público desse porte?
LV - Recentemente, manifestei meu desejo de que o nosso tão sonhado hospital seja construído no bairro do Alto, próximo ao Hospital São José, em um imóvel adquirido recentemente pela Prefeitura. Trata-se de um local central, de fácil acesso, uma propriedade que já pertence ao município e que fica em uma região onde há décadas já funciona uma grande unidade hospitalar.

Estudos preliminares já foram realizados sobre este local e indicam que é viável a construção de uma unidade hospitalar do porte que planejamos. O impacto na vizinhança é justificado pela existência de um hospital na região há anos. Além disso, estudos de trânsito estão em andamento, apontando possíveis intervenções para evitar a formação de gargalos na via.

Certamente, ainda realizaremos estudos aprofundados nas áreas de topografia, engenharia, tráfego e impacto social na região antes de iniciarmos o projeto. Porém, com as informações disponíveis até o momento e com as análises dos engenheiros e especialistas que contribuíram para o nosso plano de governo, tenho convicção de que essa região pode suportar, sem grandes transtornos, um equipamento público deste porte.

O DIA -Quais são os planos para desenvolver a geração de empregos e atrair novas empresas, considerando que para que o município cresça precisa de desenvolvimento econômico?

LV - O desenvolvimento econômico é a chave para qualquer cidade prosperar, e o poder público precisa assumir seu papel de protagonista, impulsionando o crescimento local. Teresópolis negligenciou essa missão na última década, e o primeiro passo é a Prefeitura dar o exemplo. Como maior “empresa” do município, a administração precisa demonstrar saúde fiscal e se tornar um polo de oportunidades. Planejamos realizar falou, restabelecer o equilíbrio da previdência e estimular a economia local. Também vamos investir nos dois principais vetores econômicos: o Turismo, com a meta de elevar o orçamento da promoção turística para R$ 20 milhões ao ano até o final do mandato, investimento que terá potencial de estimular a geração de mais de dois mil empregos; e a Agricultura, que já representa 5% dos empregos formais do município, responde por parte considerável do PIB e tem potencial para crescer ainda mais. Pretendo investir pesado no interior, valorizando as famílias do campo e criando oportunidades para que essa região se torne o motor do desenvolvimento da cidade.

Você pode gostar
Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.