Duas notícias que circularam no mesmo dia da semana passada podem ter dado margem a algumas dúvidas em relação à gripe. A primeira dizia que o Estado do Rio registrou casos de gripe H3N2 - vírus que castigou os Estados Unidos no início do ano, com 47 mil casos confirmados. A outra era um anúncio do Ministério da Saúde, dizendo com todas as letras: "É fake news! Não existe vírus H2N3 no Brasil".
Lendo rapidamente parece que se trata do mesmo vírus. Mas a "sopa de letrinha" é traiçoeira. Volte ao início do texto e leia com calma. Pois é, o vírus H3N2 circula no Brasil. Informe epidemiológico do Ministério da Saúde, emitido na semana passada, dava conta de 13 os estados brasileiros que registraram 57 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza A H3N2, resultando em dez mortes em 2018. No estado do Rio, são 11 casos e uma morte, segundo a Secretaria estadual de Saúde.
Já sobre o H2N3, o Ministério da Saúde informa que "não existe uma cepa "H2N3" de vírus da influenza no Brasil. Essa é uma informação inverídica que está circulando nas mídias sociais. Os vírus de influenza que atualmente circulam no Brasil são o influenza A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. A vacina contra gripe, cuja campanha inicia no segunda quinzena de abril, protege contra estes tipos de três vírus".
A vacina contra a gripe é segura e considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e mortes pela doença. Por isso a importância de se vacinar durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que começa no Rio no dia 24 de abril e vai até 1º de junho.
Devem se vacinar crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, mulheres que tiveram bebês nos últimos 45 dias, doentes crônicos, detentos do sistema prisional, professores e profissionais de saúde. A expectativa no município do Rio é vacinar ao menos 80% do público alvo. A gripe, mais agressiva e diferente do resfriado, começa em geral com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca.
