Em média, homens e mulheres com peso saudável na faixa dos 20 anos podem viver mais 57 e 60 anos, respectivamente - Reprodução de Internet
Em média, homens e mulheres com peso saudável na faixa dos 20 anos podem viver mais 57 e 60 anos, respectivamenteReprodução de Internet
Por O Dia

É comum ouvirmos que, ao sofrer com determinadas doenças cardiovasculares, o paciente precisa restringir o consumo de alimentos ricos em gordura. No entanto, para aqueles que estão saudáveis e procuram se prevenir, dietas extremamente restritivas não são necessárias e, em certos casos, podem ser contraindicadas. É o que aponta uma pesquisa da Universidade de Oxford, que examinou os efeitos das dietas de alta restrição calórica sobre a saúde cardíaca em obesos. Segundo o estudo, esse tipo de dieta causa um aumento provisório dos níveis de gordura no coração, além de prejudicar a capacidade do órgão de bombear sangue.

Embora o consumo exagerado de gorduras e açúcares contribua para o aparecimento de doenças cardiovasculares, existem alimentos com tipos de gorduras específicas que contribuem para o bom funcionamento do coração. "É comum que na tentativa de eliminar alguns quilos as pessoas adotem dietas extremamente restritivas e interrompam o consumo de alimentos com tipos específicos de gorduras, essenciais ao bom funcionamento cardiovascular", explica o cardiologista Carlos Scherr.

ALIMENTOS QUE PREVINEM

Peixes selvagens e de água fria, assim como as nozes, são exemplos disso. Ricos em gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, também conhecidas como ômega 9 e ômegas 3 e 6, esses alimentos ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares. "A ingestão das boas gorduras de forma controlada proporciona uma reserva energética para o organismo que serve como isolante térmico, auxilia na utilização eficaz das proteínas e carboidratos e na sintetização de hormônios, por exemplo", ressalta o especialista.

O consumo dos carboidratos complexos, ricos em fibra, também auxilia na redução do colesterol e na prevenção de doenças do coração. A ingestão desses alimentos também faz bem para o funcionamento do intestino e diminui o risco de diabetes tipo 2.

NA MEDIDA CERTA

Embora não seja necessário banir alimentos que são fonte de gorduras e carboidratos do cardápio, é preciso consumi-los de forma inteligente. "A ingestão moderada não é responsável pela ocorrência de doenças cardiovasculares. O que de fato leva a um quadro definitivo são hábitos alimentares ruins, que persistem ao longo de anos. Sedentarismo, tabagismo e alcoolismo agravam o problema", complementa.

CARDÍACOS

Quando o paciente é cardíaco e já apresenta algum tipo de doença crônica ou passou por episódios agudos, a indicação é outra. Segundo especialistas, pessoas que fazem parte desse grupo devem ter atenção redobrada à qualidade do alimento ingerido e, principalmente, à quantidade. O indicado nesses casos é contar com a orientação conjunta de um nutricionista e de um cardiologista.

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