'Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra; um sexto sentido maior que a razão'. Nos versos de 'Cor de Rosa Choque', a roqueira Rita Lee acentua a personalidade forte das mulheres ('Sexo frágil não foge à luta') e chama atenção para o período fértil do ciclo menstrual. A menstruação e os hormônios interferem na vida das mulheres por muito tempo. E quando a mulher para de menstruar é hora de lidar com a menopausa, que em geral ocorre entre os 45 e 55 anos.
A menopausa é mais um estágio na vida da mulher. Nesse período, ocorrem transformações no organismo feminino, que aumentam a possibilidade de aparecimento e agravamento de doenças, como ressecamento vaginal, ondas de calor, queda no desejo sexual, aumento de risco cardiovascular e até depressão. A pele não fica de fora.
Quando deixa de ovular, a mulher sofre alterações hormonais importantes, como a queda na produção de estrogênio e progesterona, diminuindo a produção de fibras de elastina e colágeno. O resultado é aumento da flacidez, perda de elasticidade e tônus. A pele fica mais fina, frágil e ressecada. Em casos mais graves, sobretudo quando há exposição excessiva ao sol, as mulheres na menopausa podem apresentar manchas, rugas e fragilidade na pele, além de feridas. O desequilíbrio hormonal pode causar também o aparecimento de pelos grossos sob o queixo e nas laterais da face.
Mas é possível proteger a pele e minimizar alguns efeitos da menopausa, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBD-RJ). A proteção solar e a hidratação são essenciais. A radiação do sol é uma grande vilã do envelhecimento da pele e deve ser sempre combatida. O ideal é usar filtro solar com fator protetor 30, no mínimo, e fazer a reaplicação ao longo do dia. Levar um estilo de vida mais saudável também faz bem. Não fume, pratique atividades físicas e mantenha uma alimentação rica em proteínas, fibras, ômega 3 e com baixo teor de açúcares refinados. E não espere a menopausa para visitar regularmente seu médico ginecologista.
