Ângela Maria Gohering faz tratamento há três anos na Zona Oeste - Thais Martins/Divulgação Fresenius
Ângela Maria Gohering faz tratamento há três anos na Zona OesteThais Martins/Divulgação Fresenius
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Ângela Maria Gohering, de 63 anos, adota a mesma rotina desde 2015, quando começou a fazer hemodiálise cinco vezes por semana depois de ser diagnosticada com insuficiência renal. Recentemente, a aposentada conseguiu vencer uma barreira importante: ir a pé até o local do tratamento. A melhora é resultado das sessões de fisioterapia supervisionada, que foram incorporadas ao tratamento dos pacientes da Clínica de Doentes Renais da Taquara, na Zona Oeste do Rio.

Essa é uma novidade que pode ser comemorada por quem sofre da doença crônica, já que o protocolo do SUS não prevê esse tipo de acompanhamento complementar. "Moro bem perto da clínica. Antes de fazer a fisioterapia, eu ia e voltava de táxi ou andava com mais dificuldade e parava algumas vezes pelo caminho. Me sentia muito cansada. Agora, vou e volto a pé. Estou praticando um hábito que sempre gostei", diz.

O atendimento integrado já faz parte do protocolo da rede Fresenius Medical Care, responsável pelo acompanhamento de quase 5 mil pacientes em todo o país. O próximo passo é expandir a atividade para outras unidades. "Implementamos esse serviço em nossa rede após observarmos uma melhora significativa no ganho de massa muscular dos pacientes. A prática proporcionou uma locomoção muito melhor. É um trabalho de médio a longo prazo", explica a diretora da CDR Taquara, Luciana Serpa.

EFICÁCIA

Recentemente, uma pesquisa publicada no 'Brazilian Journal of Nephrology' (Jornal Brasieiro de Nefrologia, em tradução livre) constatou que a fisioterapia por meio de programa de exercícios físicos durante o período de diálise proporciona melhora significativa da qualidade de vida e capacidade física dos portadores de doença renal crônica. Segundo os pesquisadores, foram observados aumento na distância percorrida em caminhada e na força muscular dos pacientes. Os pacientes também tiveram redução da frequência cardíaca, respiratória e da dor.

De acordo com o Ministério da Saúde, 100 mil doentes renais crônicos precisam de tratamento de Terapia Renal Substitutiva no Brasil 85% deles são assistidos só pelo SUS. Entre 2010 e 2016, o aumento na rede assistencial foi de 26%, passando de 11,3 milhões de procedimentos para 14,2 milhões.

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