A Copa do Mundo é uma boa oportunidade de reunir vizinhos numa torcida só - DIVULGAÇÃO
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Por O Dia

Rio - O primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo é no próximo domingo e traz a pergunta: você está preparado para os efeitos das emoções sobre o seu coração? Um estudo publicado no New England Journal of Medicine conclui que assistir a um jogo de futebol estressante mais do que dobra o risco de um evento cardiovascular agudo, como o infarto do miocárdio.

"Pacientes e médicos devem atuar preventivamente na busca por uma vida saudável, corrigindo os fatores de riscos cardiovasculares, como sedentarismo, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e reduzindo a ansiedade associada a torcer pelo seu time de coração. Torcer deve ser uma festa, mas temos que nos preparar para que ela seja com segurança para todos", afirma Claudio Tinoco, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio (Socerj).

A pesquisa mostrou uma avaliação dos eventos médicos de emergência da área metropolitana da cidade de Munique durante a Copa do Mundo da Alemanha. Nos dias de jogos envolvendo a equipe alemã, a incidência de emergências cardíacas foi 2,66 vezes maior do que nos dias em que não houve jogos. Entre os homens, a incidência foi 3,26 vezes maior e, entre mulheres, o índice foi de 1,82. Os riscos foram bem maiores em pacientes que já tinham doenças cardíacas prévias. Segundo os autores, homens com doença coronariana conhecida devem tomar medidas preventivas antes de assistir aos jogos de futebol de seus times.

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No Brasil, um artigo publicado no International Journal of Cardiovascular Sciences avaliou o efeito sobre o sistema cardiovascular de assistir a uma partida de futebol. Segundo os pesquisadores, os pacientes com doença cardíaca prévia tiveram valores elevados da pressão arterial e do trabalho realizado pelo coração. "A situação de estresse/ansiedade do jogo de futebol libera uma série de hormônios na circulação sanguínea que causam sobrecarga ao coração, com aumento dos batimentos, constrição dos vasos sanguíneos e maior predisposição a formação de coágulos no interior das artérias", diz Claudio Tinoco.

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