Por RENAN SCHUINDT

Rio - A pesquisadora Maria Angélica Santos, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), apresentou a metodologia de System of Health Accounts (SHA, sigla em inglês para Sistema de Contas de Saúde), que a partir deste ano será o padrão para reportar gastos em saúde internacionalmente. A apresentação ocorreu na última semana, durante o 1º Simpósio de Economia da Saúde, em Brasília.

O método foca nas despesas em saúde e ajuda os gestores na tomada de decisões. O sistema também aponta quem gerenciou os gastos: se o SUS, os planos de saúde ou a população (que pagou direto do bolso). Também é capaz identificar o tipo e a finalidade dos serviços, como internações, atendimentos ambulatoriais, exames, tratamentos de reabilitação, prevenção e gastos com administração do sistema. O tipo de estabelecimento, se os gastos foram efetuados e quais serviços foram financiados são outras informações que podem ser comparadas com dados de outros países e também com dados existentes do setor privado. 

Nos últimos dez anos, o Brasil consolidou os gastos em saúde por meio do método de Contas Satélite de Saúde, uma extensão das Contas Nacionais para calcular o Produto Interno Bruto (PIB). Com o uso da SHA, o país não vai abandonar a metodologia anterior. Irá utilizar ambas, pois há dados que não aparecem na SHA, a exemplo dos dados do IBGE. "As metodologias são complementares. O trabalho com as contas do SUS é estratégico e fundamental para discutir eficiência e acompanhar gastos" disse a pesquisadora.

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