Isolamento social alterou rotinas dos pacientes, com o aumento de ingestão de alimentos e redução da prática de atividades de físicas - Reprodução da Internet
Isolamento social alterou rotinas dos pacientes, com o aumento de ingestão de alimentos e redução da prática de atividades de físicasReprodução da Internet
Por O Dia

Rio - Nos últimos 11 anos, o número de homens com diabetes cresceu em 54% no Brasil, enquanto o percentual de mulheres aumentou apenas 28,5% no mesmo período. Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda, que o indicador de diabetes é maior entre aqueles que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%), e que aumenta com a idade, especialmente em idosos com mais de 65 anos (24%).

Entre as capitais brasileiras, a parcela masculina da população de Boa Vista (9%), Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%) detém os maiores índices de diabetes, enquanto a de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores. Já a população feminina de Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%) apresenta maior número de diagnósticos da doença, e as de Palmas (5,1%), Macapá (5,2%) e Florianópolis (5,6%) o menor. De 2010 e 2016, mais de 400 mil mortes foram causadas pelo diabetes no país.

"Quando os dados da pesquisa mostram um aumento do número de pessoas que sabem que tem a doença no país, especificamente os homens, é preciso entender duas coisas: a primeira é que, talvez, tenhamos mais pacientes com diagnóstico, sabendo que tem a doença; e a segunda, já confrontando com dados do mundo inteiro, mostra o aumento progressivo do número de pacientes com diabetes em todo lugar, inclusive no Brasil", diz Rodrigo Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 

ESTIMATIVA

Estima-se hoje que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo 600 milhões com obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, um milhão de novos casos de obesidade (que é um dos fatores de risco para o diabetes) surgem por ano de acordo com o Ministério da Saúde. O consumo elevado de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal estão diretamente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial sistêmica.

“A escolaridade pode estar relacionada pois o diabetes também possui um fator socioeconômico. Ter uma alimentação balanceada e praticar atividade física regularmente, demandam algumas mudanças mais custosas, diz o especialista. "De acordo com a pesquisa nas capitais, o Brasil está homogêneo e o número de diagnóstico vem aumentando. Mas precisamos de medidas para diagnosticar pacientes que continuam vivendo com o diabetes sem saber”, finaliza Moreira.

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