O doutor Rodrigo Rizek Schultz - Divulgação
O doutor Rodrigo Rizek SchultzDivulgação
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Presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Rodrigo Rizek Schultz fala sobre os benefícios dos medicamentos disponíveis no SUS e afirma que tratamento de pessoas com doença de Alzheimer deve ser feito por equipe multidisciplinar de profissionais.

ODIA: Qual é o impacto da rivastigmina adesivo transdérmico no SUS?

RODRIGO: O impacto é muito positivo, pois os benefícios são significativos. Basicamente, o fato de haver um inibidor liberado através da pele reduz a possibilidade de efeitos colaterais. Isso ocorre pois a medicação não passa diretamente pelo trato digestivo. A liberação da substância é feita lentamente e de maneira contínua ao longo de 24 horas. Para as famílias, o adesivo é um alívio. Há pacientes que se recusam a fazer uso de remédios e não querem engolir. Certos pacientes engasgam frequentemente.

Qual a função do medicamento?

Ele inibe uma enzima responsável por degradar a acetilcolina, um neurotransmissor essencial nos processos cognitivos, principalmente a memória. Sendo assim, temos uma oferta maior de acetilcolina no organismo ao administrar essa medicação.

Que especialistas estão credenciados a receitar esses remédios?

Não há uma especialidade que deva receber os pacientes de maneira prioritária. Mas, de uma maneira geral, são neurologistas, geriatras e psiquiatras que devem prescrever as medicações.

Qual é o acompanhamento médico adequado para quem sofre de Alzheimer?

Deve ser regular. E, muito frequentemente, com o acompanhamento de uma equipe multiprofissional. O médico não atua sozinho e é incapaz de resolver muitas das questões relacionadas à doença. As consultas devem ser regulares, com familiares e cuidadores muito presentes e atentos.

Qual é a função dos outros remédios no SUS?

Todos eles atuam aumentando a oferta de acetilcolina. E, com exceção da galantamina, são aprovados para todas as fases da doença.

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