Ovários policísticos preocupam mulheres - Pixabay
Ovários policísticos preocupam mulheresPixabay
Por O Dia

São Paulo - Menstruação irregular, pelos em excesso no rosto ou no corpo, aumento de peso e o surgimento de acne podem indicar a presença da síndrome dos ovários policísticos.
De origem ainda desconhecida, ela é uma doença metabólica geralmente identificada e acompanhada pelo ginecologista, mas que se beneficia de tratamento multiprofissional. "A síndrome só é caracterizada quando detectamos nos exames de imagem e laboratoriais a presença de, ao menos, três fatores conjuntamente: ciclo menstrual irregular, aumento da produção de hormônio masculino e aumento do tamanho dos ovários, que também apresentam microcistos", explica Maurício Simões Abrão, médico gestor do serviço de Ginecologia da A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Publicidade
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo, a doença atinge entre 8% e 13% das mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 44 anos). "Por isso, é importante estar atento aos sinais que a síndrome apresenta e consultar um especialista o quanto antes para evitar problemas mais graves no futuro, como obesidade e o diabetes - decorrentes da resistência à insulina resultante da síndrome -, ou a infertilidade, fruto da irregularidade da ovulação", orienta Maurício Abrão.
O tratamento normalmente passa pela mudança do estilo de vida e, em alguns casos, há necessidade do uso de medicamentos. "É essencial para as mulheres com essa síndrome conscientizarem-se sobre a necessidade da adoção de rotinas mais saudáveis, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, além de manterem o acompanhamento médico para descartar qualquer tipo de alteração nos ovários", alerta o ginecologista. Em casos extremos, uma laparoscopia pode ser indicada para um procedimento chamado drilling nos ovários, quando pequenas cauterizações ou vaporizações com Laser são feitas nos ovários para estimular seu melhor funcionamento.
Publicidade
O especialista da BP recomenda, como forma preventiva, que a primeira consulta com o ginecologista seja realizada assim que a menina entrar na puberdade, período de transição da infância para a fase adulta. "Normalmente isso ocorre entre os 9 e 12 anos de idade e, a partir daí, é essencial que a consulta periódica com o ginecologista se torne um hábito".