Um cachorro-do-mato e nove gambás-de-orelha-preta foram soltos em área protegidaDivulgação/Secom PMVR

Volta Redonda - O Zoológico Municipal de Volta Redonda (Zoo-VR) devolveu à natureza, nessa quinta-feira (22), dez animais – um cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e nove gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita) – que passaram por um período de tratamento no zoológico.
O biólogo Almir Fraga Folly explica que os animais deram entrada na instituição após resgate: os gambás foram recolhidos junto da mãe, que havia sido atacada por cães; e o cachorro-do-mato foi resgatado às margens da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), onde estava perdido e com sinais de intoxicação, segundo o biólogo.
“Todos os indivíduos foram cuidados no setor de Medicina Veterinária e reabilitados junto aos biólogos para que pudessem voltar com toda segurança”, explicou Almir.
A soltura aconteceu em área de mata protegida do município, onde já existe ocorrência natural das espécies, além de condições ambientais favoráveis para a vida dos animais.
Programa de reabilitação
Além de abrigar várias espécies de animais silvestres, o Zoológico Municipal de Volta Redonda também executa um programa de reabilitação e de sua reinserção na natureza – a maioria chega ao Zoo-VR após ser resgatada.
Assim que recebem o animal, as equipes do zoológico oferecem tratamento médico-veterinário adequado: inicialmente é realizada uma avaliação física e comportamental para, em seguida, o animal ser encaminhado para a reabilitação.
Após receber o tratamento e passar pelo período de quarentena no zoológico, o animal pode regressar à natureza. A soltura acontece sempre em área de proteção ambiental e de ocorrência da espécie, onde ele vai ter oferta de comida, longe de casas e de pessoas.
“O zoológico recebe muitos animais durante o ano e a maioria passa pelo programa de reabilitação, sendo devolvida ao seu habitat natural. São filhotes, animais atropelados ou que foram encontrados em via pública. Além de todos os cuidados necessários, eles também recebem alimentação que vão encontrar na natureza para facilitar a adaptação”, explicou o coordenador do Zoo-VR, o biólogo Jadiel Teixeira.
O coordenador afirma ainda que o zoológico não retira animal da natureza e que os que estão hospedados no Zoo-VR não podem mais ser reintroduzidos no ambiente natural, seja por portarem sequelas físicas ou psicológicas, causadas pelo grande período em que foram mantidos de forma errada por pessoas ou lugares não habilitados; ou ainda pela falta de ambiente natural, dependendo da espécie.
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