Por O Dia

ASecretaria de Estado de Educação do Rio ampliará o número de escolas em tempo integral. No ano que vem, mais 45 unidades de Ensino Médio sendo 17 CIEPs estarão instaladas em 33 municípios. Além da carga horária maior em Português, Matemática e Inglês, a principal novidade é o conceito de curso profissionalizante. Nessas escolas, os estudantes vão ter aulas de empreendedorismo. O secretário Wagner Victer (foto) detalha este conceito:

Qual o objetivo desse novo modelo de ensino profissionalizante, que inclui empreendedorismo?

A ideia é implantar escolas que sejam profissionalizantes e ao mesmo tempo tenham duas contribuições distintas na grade: ampliar a carga horária em 50% em Matemática e Português e 100% em Inglês. Além disso, haverá quatro disciplinas para aprender empreendedorismo, ou seja, como montar um negócio. Isso porque a cadeia de serviços é a grande cadeia empregadora hoje, especialmente no Rio. Quando você incentiva um jovem dessa forma, ele pode abrir empresa em várias áreas. É uma parceria com o Sebrae.

Esse objetivo de empreender não vai estar ligado a uma área profissional específica?

Não. O empreendedorismo pode ser explorado de vários modos. O jovem pode montar uma empresa de agricultura, comércio... É uma formação profissional em que os alunos vão fazer, inclusive, projeto de abrir um negócio, que pode ser tanto um salão de cabeleireiro, uma ONG ou um empreendimento cultural. O ideal é que se incorpore à quela dinâmica da comunidade em que ele se insere. Muitos estados estão nos procurando para adotar esse modelo.

Esse conceito já está em prática em alguma cidade fluminense?

Em um distritozinho de Rio Claro, chamado Lídice, por exemplo, está sendo transformador. Tem potencial para mudar a cara daquele lugar. Em Volta Redonda, os jovens estão montando negócios.

O senhor acredita que os pais e os estudantes assimilaram esse conceito de empreendedorismo?

Não. Esse é o grande desafio. Primeiro, é preciso entender a importância do ensino em tempo integral. Quanto ao empreendedorismo, esse é o ônus do desafio que a gente tem que enfrentar. Despertar o interesse de que cada jovem pode ser um ator econômico na cidade em que ele vive e que ele não precisa mudar para a capital.

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