Por Bayard Boiteux Professor e vice-presidente da Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio

Sempre sonhei em compartilhar as poucas informações que tenho, adquiridas ao longo de viagens, leituras, cursos e conversas com meus alunos e amigos. Entendo que cabe a cada de um nós dividir o que sabemos com a humanidade e, assim, ajudar a plantar sementes que disseminem novos conceitos e sejam portadoras da ideia da diversidade, que deve nortear nossa ação educadora.

Assim, escolhi a profissão de professor e tenho me esforçado em cumprir o papel de um educador, com ênfase na mudança e na discussão de ações que sejam porta-vozes de um debate e não apenas de transmissão de informações. O papel de um docente vai muito além de citar autores e teorias, que refletem uma pseudomaturidade intelectual, baseada na 'decoreba' e na citação, sem que sejam contextualizadas no universo do aluno. Nosso grande desafio é criar um aluno pensante e que, com as informações recebidas, possa fazer pequenas revoluções no seu dia a dia, sendo mais participativo na construção da democracia.

A escola é e sempre será o ambiente da troca de informações e do nascimento de formas inovadoras de gestão sustentável, calcadas num misto de vontade individual de sobreviver com a certeza de que o mundo se constrói a quatro mãos, numa sociedade em que a palavra 'ética' precisa ser valorizada e tida como algo comum e não um atributo especial. Buscamos formar ou pelo menos ajudar na formação de futuros integrantes de uma sociedade globalizante, que esquece o ser humano e prioriza o resultado, sem nenhuma forma de entendimento da caminhada de busca por um mundo que respeite as leis e o saber fazer, para um mundo melhor.

Amanhã comemoramos mais um Dia do Mestre, que a cada dia que passa vai perdendo seu papel fundamental por falta de estímulo, salários inadequados, condições de segurança e a violência de certas coordenações e instituições, que assediam grandes mestres, sem respeito pela trajetória deles. Só que não vamos desistir nunca. Estamos aqui para cumprir nosso desejo de ensinar e não nos moldar a padrões criados dentro de gabinetes, sem uma maior discussão.

O turismo é uma forma de educar a humanidade. Com ele, temos a possibilidade única de nos aculturar a cada viagem, conhecer novos comportamentos e deixar nossa mente viajar pelo mundo para nunca parar de lutar, por um Estado que priorize a Educação e o professor.

Viva o 15 de outubro!

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