Por GUSTAVO RIBEIRO

A Justiça determinou que a Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança investigue a denúncia de que policiais teriam agredido dois homens acusados de assalto em Rio das Ostras. Presos há mais de dois meses, Caíque Flávio Souza da Cunha e Mateus Antunes Barreto afirmaram, em audiência, que apanharam de PMs e de um delegado da 128ª DP (Rio das Ostras).

A investigação foi requerida pelo juiz Rodrigo Leal Manhães de Sá, da 1ª Vara da Comarca do município, no dia 27 de setembro. Na ocasião, a prisão preventiva também foi revogada por ausência de provas contra os dois. E há indícios de que eles não teriam envolvimento no crime. Na hora do assalto, câmeras mostram que Caíque estava em um bar.

"Eles não foram pegos com nada. A vítima apontou para o Caíque, os policiais o agrediram e o levaram para um matagal, onde houve mais agressões. Na delegacia, o delegado ainda deu dois tapas no rosto dele", afirmou uma parente, que, por segurança, não será identificada. Os nomes dos policiais não foram divulgados.

Caíque e Mateus foram presos com base no reconhecimento de uma mulher que procurou a 128ª DP, em 27 de julho, para comunicar o roubo de seu celular. No entanto, na audiência, ela alegou que não reconhecia os réus.

O juiz requereu que a corregedoria da PM seja oficiada para que apresente o GPS das viaturas e os registros de ocorrência, indicando os policiais que procederam a prisão. A PM respondeu que ainda não recebeu comunicado da CGU. A Polícia Civil informou que, quando for notificada, solicitará esclarecimentos ao delegado. Parentes de Caíque reclamaram que, até ontem, ele continuava preso. O DIA não conseguiu contato com parentes de Mateus.

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