Spanholo - Reprodução da internet
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No fim de agosto, o juiz federal Rolando Valcir Spanholo emitiu uma decisão que foi comemorada pelos ambientalistas de todo o país. Ele suspendeu o decreto que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), assinado pelo presidente Michel Temer. Muitos temiam que a extinção da Renca detonasse uma série de conflitos entre a atividade de mineração, a conservação da biodiversidade, os direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. As movimentações resultantes da mineração nessa área seriam potencialmente devastadoras para o ecossistema e as populações locais. Logo depois, o presidente Temer revogou o decreto.

Para chegar ao ponto de decidir sobre questões de interesse nacional, como o caso da Renca, o magistrado Rolando Valcir Spanholo percorreu um longo caminho e superou muitas dificuldades. Filho de uma família pobre, ele trabalhou como borracheiro e, para passar nos concursos que o fizeram chegar ao posto atual, chegou a acumular 200 quilos de resumos.

Nascido na modesta cidade de Sananduva, no Rio Grande do Sul, tinha quatro irmãos que trocavam de roupa e sapatos entre si para evitar irem todos os dias vestidos do mesmo jeito para a escola.

"Só consegui concluir a graduação porque meus colegas conheciam minha realidade e me emprestavam cadernos para copiar ou tirar xerox das anotações".

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