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Por Marcos Salles Presidente do Grupo O DIA
Primeiro você precisa arar a terra; depois, semear, regar e esperar que a árvore cresça. Ainda mais um pouco e o fruto nascerá, e somente depois de maduro você vai comê-lo. É o ciclo da natureza. Nesta época de um novo e vindouro ano, as listas de projetos brotam na cabeça, tanto quanto o reconhecimento de que da lista do ano anterior praticamente pouco saiu do mundo das ideias.
Lembre-se de que existem etapas a seguir; ninguém colhe resultado antes do trabalho. Isso serve para a vida pessoal, para o mercado privado e também para o governo. Decisões erradas ou a falta delas têm custos elevados, assim como deixar a vida passar sem planejamento.
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Exemplos estão ao nosso lado, é só prestarmos atenção! Na vida pessoal, podemos colocar menos coisas na lista, e sobretudo em etapas, para que as conquistas ocorram mês a mês. Isso vai garantir que as metas possam ser atingidas e você obtenha êxito na maior parte delas.
Falando de mercado, olhe para os anos 80 apenas um instante: se você viveu nessa época, deve lembrar que um posto de gasolina era um ambiente feio e sujo, bem diferente dos postos de conveniência de hoje; pharmácias se transformaram em belíssimas drogarias, e as gigantes e vazias salas de cinema com cheiro de mofo e cadeiras duras são, agora, pequenas e confortáveis cinematecas?
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Todos se reinventaram, fizeram suas listas e realizaram. No mercado editorial impresso, o querido O DIA, um matutino que há 66 anos está ao lado do carioca, mesmo diante de tamanha crise, vem buscando novos rumos editoriais, uma agenda mais positiva, colaborativa e serviços que resgatem e mantenham nossos apreciadores de conteúdo de qualidade. A lista de projetos está pronta, e entraremos o ano com disposição para fazer diferença em 2018. Será um ano de dedicação a você, nosso leitor.
Mas e o que dizer do governo? Aqui temos a maior verdade na falta de planejamento que nos joga em um absurdo caos enquanto cidadãos: 40% de impostos não são suficientes para garantir escola gratuita para todos os nossos filhos, atendimento médico decente, sem ônus para ninguém e claro, segurança para ir e vir em paz. O país hoje possui 210 milhões que sofrem porque o dinheiro está nas mãos dos bancos, numa total inversão de valores.
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Gestores públicos, que pela total falta de planejamento de anos, desordem, irresponsabilidades, discussões enfadonhas partidárias e inconsequentes, fizeram com que a população hoje não tenha o básico a saber, Saúde, Educação e Segurança de qualidade, um caótico tripé que emperra qualquer perspectiva de melhora para um breve futuro. Mas como mudar a Previdência se quem decide as mudanças são os que se beneficiam? Como mudar as regras financeiras criminosas? Cabe a nós e a você, nobre leitor, mudar essa dura realidade. O arado já começou e em breve o país vai plantar as novas sementes no governo federal e estadual.
Se não mudar agora, vamos colher o mesmo. Assim como a sua lista, que se renova nesse momento. Se não agir, não vai mudar! Assim como o mercado: se não se reinventar, vai se lamentar, acreditando todos nós, sempre, que a culpa é do outro.
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