Numa central, agente observa tudo que acontece numa blitz
Numa central, agente observa tudo que acontece numa blitz Alexandre Brum
Por WILSON AQUINO
Desde que a Operação Lei Seca passou a filmar as abordagens, as tentativas de "dar carteirada" acabaram. Antes mesmo de autoridades, celebridades e afins exigirem algum privilégio ou vantagem em razão do cargo, profissão, condição financeira ou social, os agentes vão logo informando que a blitz está sendo gravada, o que desestimula a condenável prática do "sabe com quem está falando", segundo o coordenador da Lei Seca, coronel Marco Andrade.
"A sociedade tem que rever seus hábitos. O agente da Lei Seca é um servidor público e merece ser tratado com respeito", defendeu Andrade. A filmagem das abordagens começou em agosto. São cerca de 50 câmeras de pequeno porte acopladas ao colete dos agentes e uma outra, um pouco maior, monitora toda a movimentação na tenda, onde os documentos do motorista abordado são checados e onde é realizado o teste com o bafômetro.
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As câmeras ainda captam o áudio interno e externo da tenda. As imagens geradas são monitoradas, em tempo real, por uma central 24 horas que funciona no prédio anexo do Palácio Guanabara. Através de um aplicativo, o coordenador da Lei Seca também pode acompanhar o desenrolar da Operação de qualquer lugar.
Andrade destaca que a filmagem também permite aferir a qualidade do serviço e pode ser usada para treinamento da equipe, caso seja identificada alguma falha no procedimento. "As câmeras dão mais transparência aos nossos procedimentos. Caso exista alguma divergência, as imagens são devidamente analisadas. Elas são 'os olhos' da Lei Seca", afirmou. A gravação fica armazenada por cinco anos.
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