Trabalhadores do complexo nuclear de Itaorna cruzam os braços por tempo indeterminado por melhores saláriosDivulgação/Sticpar
Angra dos Reis - Trabalhadores da Central Nuclear em Angra dos Reis, na costa verde, estão em greve desde ontem, primeiro de agosto por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no último dia 28 de julho, em assembleia geral da categoria, por conta da falta de acordo nas negociações salariais com a empresa. Os funcionários reivindicam percentual de reajuste de 3.69% de IPCA. Cerca de 90% dos trabalhadores aderiram ao movimento.
" Nós não temos interesse na greve, somos trabalhadores, com famílias e moramos ao lado da usina, não queremos que nossos direitos conquistados em convenções coletivas sejam ameaçados"- disse Augusto Emílio da Silva, diretor do Sindicato dos Trabalhadores indústria de Energia nos municípios de Paraty e Angra dos Reis (STIEPAR).
Ainda de acordo com o diretor, desde o dia 28 de março que os trabalhadores vem alinhando as propostas do acordo coletivo 2024/2025 da categoria, com data base em (30/04). "Entre os pontos apresentados está 3.69%, de IPCA, rejeitado pela empresa que desde então só prorrogava o acordo e chega no dia 31 de julho, fomos ignorados e às 12h30 a Eletro decidi que não ia mais prorrogar o acordo".
Em nota divulgada a Eletronuclear afirma que o último acordo coletivo de trabalho venceu no dia 31 de julho, e " não houve consenso entre os sindicatos representantes dos empregados, encaminhado por tanto para dissídio na Justiça do Trabalho.
"A empresa afirmou que "a paralisação não afeta a operação nem a segurança das usinas da central nuclear de Angra, visto que as atividades essenciais estão mantidas. A Eletronuclear reitera que respeita o direito de greve dos profissionais, mas garante o acesso a todos que quiserem trabalhar no período, assim como o direito de ir e vir de todos os funcionários. A empresa manteve, durante todas as rodadas de negociações, o diálogo aberto para alcançar o fechamento do próximo ACT. Agora, com o término do prazo do acordo coletivo anterior (31/07/2024) e sem a garantia da data-base, aplica-se, a partir de hoje, as regras da CLT enquanto os próximos passos são decididos, inclusive pelo Poder Judiciário".
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