Versão tem todo conjunto de iluminação em LED - Lucas Cardoso
Versão tem todo conjunto de iluminação em LEDLucas Cardoso
Por Lucas Cardoso
A Jeep acertou a mão quando lançou o Renegade no Brasil, lá nos idos 2015. Bem aceito pelos consumidores, o modelo deslanchou em vendas nos anos seguintes e até se manteve na liderança dos SUVs mais vendidos por um bom tempo. No aniversário de cinco anos, o utilitário volta a aparecer bem no ranking dos mais vendidos, superando, inclusive, o irmão maior Compass. Em novembro, por exemplo, o modelo foi o mais vendido da categoria com 6.543 unidades emplacadas, contra 6.155 do Compass e 6.427 do Chevrolet Tracker.

Mas sem tantas mudanças no visual, que traz a identidade do modelo, o que justifica o ganho de fôlego nos últimos 11 meses, em que ele aparece na segunda colocação do acumulado? Para entender isso, o DIA conheceu de perto uma das opções mais equipadas do modelo, a Longitude 2.0 Turbodiesel, que entrega ótimo nível de equipamentos, robustez, acabamento interno de qualidade e tração 4x4.

Foram pouco mais de 250 km rodados com o modelo que custa R$ 152.090 em cores sólidas. A versão avaliada na cor metálica cinza antique sobe o valor a R$ 153.790. Para compensar o valor alto, a versão aposta em conforto e tecnologia.
De série, o modelo tem faróis Full LED, lanternas também de LED, central multimídia de 8,4 polegadas com Apple Car Play e Android Auto, painel com tela TFT 3,5 polegadas, apoio de braço central, ar-condicionado digital de duas zonas e rodas liga lve aro 18. Já no quesito segurança, o modelo agrega seis airbags (frontais, cortina e laterais), freio a disco nas quatro rodas com ABS, alarme, controles eletrônicos de estabilidade, tração e anti-capotamento. Além disso, sensores de estacionamento traseiro, câmera de ré e freio de estacionamento eletrônico.
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Desempenho
No percurso de avaliação, assim como a maioria dos proprietários desse perfil de veículo, circulamos majoritariamente por trechos urbanos com asfaltamento. Nessa condição, o Renegade Longitude equipado com motor 2.0 turbodiesel Multijet II de 170 cv e 35,7 kgfm de torque e câmbio automático de nove marchas AT9 entrega disposição acima da média e desenvoltura. Mesmo pesando 1.641 kg, o SUV da Jeep não tem problemas para ultrapassagens, saídas e retomadas. O motorista só precisa se acostumar com um leve 'delay' entre o pisar no acelerador e o ganho de velocidade. Nada crítico. 
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A direção elétrica do modelo tem boa transição e facilita a vida do motorista nas manobras. Por falar em manobras, a câmera de ré instalada na versão tem boa qualidade de imagem, mesmo em condições ruins de luminosidade. 

O comportamento dinâmico do modelo também é acima do esperado, com ótima estabilidade em curvas e respostas previsíveis. Mesmo se tratando de uma versão 4x4, onde a suspensão é mais firme que o habitual, o equilíbrio garantido pelo conjunto de suspensão não torna o rodar desconfortável para quem vai na cabine. Além disso, também influencia positivamente no nível de ruído interno, que é quase nulo. Silêncio é a palavra da vez para o Renegade.

Por falar em aspectos positivos, registramos consumo médio de 11,3 km/l ao término do período de avaliação em que rodamos pela cidade e também em rodovias. No interior, outra palavra que vem a mente é qualidade. O modelo traz ótimos acabamentos e boa variação de texturas.
O design interno só peca pela pouca variação de tonalidades, quase tudo é preto, com exceção de alguns elementos, como a moldura das saídas de som nas portas, base do câmbio automático e saídas de ventilação. Os bancos tem acabamento em coro de ótima qualidade e detalhes pespontados em branco.
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Ergonomia e espaço

Por falar em interior, a ergonomia é outro ponto forte. Com poucos ajustes, o motorista encontra a melhor posição para guiar. Na versão Longitude, há ajustes de altura e profundidade no volante. O espaço para motorista e carona é bom, com folga para os joelhos, ombros e cabeça.
Atrás, os passageiros também não passam sufoco. O espaço é suficiente até para o eventual quinto ocupante, que só precisa vencer o desafio do túnel central levemente elevado. De comodidades, quem vai na segunda fileira só tem uma porta USB. Há outra saída que fica na frente ao lado do seletor de tração, no console.

Já que o assunto é espaço, um dos problemas do Renegade se manteve na linha 2021: a pequena capacidade do bagageiro (320 l). Mas isso não tira o charme do modelo, que segue atraindo pela robustez e pela qualidade. Nada mal para um modelo com cinco anos de trajetória.
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Ficha técnica
Versão Longitude 2.0 Diesel AT9 4x4
Motor: 2.0 turbodiesel Multijet II, 4 cilindros
Potência e torque: 170 cv (3.750 rpm) e 35,7 kgfm
Transmissão e tração: Automática de 9 marchas (AT9), 4x4
Direção: elétrica
Freios: Discos ventilados 305 mm (dianteira), discos sólidos (traseira)
Suspensão: Independente McPherson com braços oscilantes (dianteira), Independente McPherson com links transversais (traseira)
Dimensões: 4.23 m (comprimento), 1.80 m (largura), 1.72 m (altura), 2.57 m (entre-eixos), 22,4 cm (vão livre), 30º e 35º (ângulos de entrada e saída)
Porta-malas: 320 litros
Tanque: 60 litros
Peso: 1.641 kg
Rodas e pneus: 225/55 R18
Velocidade máxima: 190 km/h
0 a 100 km/h: 9,9 s
Consumo médio: 11,3 km/l