Brasília - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve neste sábado, 14, em um mutirão de testagem em massa rápida de Covid-19, na Feira dos Importados, no Distrito Federal. De acordo com o ministério, o evento é piloto e o modelo deve ser reproduzido em todo o país.
"É um projeto piloto que deve acontecer em todo o Brasil. Geralmente esses testes são feitos nas Unidades Básicas de Saúde e para pacientes sintomáticos. Nossa meta é atingir também para aqueles assintomáticos. A tecnologia evoluiu ao longo dessa pandemia e não havia uma oferta rápida desses testes", afirmou o ministro.
A ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, acompanhou o ministro da Saúde no evento-piloto.
Os resultados dos testes de antígeno ficam prontos em até 30 minutos e, caso as pessoas testem positivo, receberão orientações e um atestado médico para isolamento domiciliar.
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O teste avalia pontos importantes da nossa estratégia, como disposição da população fazer o teste, perfil epidemiológico dos voluntários e a positividade entre os indivíduos testados, sintomáticos ou assintomáticos. A ação começou às 11h, vai até as 14h e deve atender 200 voluntários.
O ministro afirmou que essa ação se soma a outras estratégias de municípios e estados de testagem e por parte da própria iniciativa privada. "A estratégia de testagem não se prende a realizar o exame. Nós temos que ter o resultado, receber na base de dados para acompanhar o caratér epidemológico da pandemia. Assim, podemos saber se há aumento de casos, de uma forma mais eficiente. Portanto, será o modelo do que será feito no Brasil", disse ele.
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O Plano Nacional de Testagem para a Covid-19 foi divulgado pelo ministério no dia 28 de abril, mas o evento piloto ocorre quase quatro meses depois do anúncio. O ministério prevê a distribuição de quatro milhões de testes para estados e o Distrito Federal "já nos próximos dias". No total, a pasta informa que irá distribuir 60 milhões de testes para reforçar a estratégia em todo o Brasil.
Vacinação no país
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Durante o evento, o ministro da Saúde comentou que o país atingiu a marca de 200 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 distribuídas para todo o Brasil. "Destrói qualquer tipo de narrativa de que a campanha imunização brasileira não é bem sucedida. Aliás, a população brasileira já reconhece isso", afirmou Queiroga.
Ele também ressaltou sobre a melhora no cenário da pandemia do coronavírus no país. "Nós temos no último mês o cenário epidemológico mais favorável com a redução de casos e a menor pressão no sistema de saúde, com redução de óbitos. Isso é fruto do sucesso das medidas sanitárias e práticas do ministério da Saúde, dos estados e municípios", disse.
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Queiroga lembrou que mais de 70% da população acima de 18 anos já foi vacinada com a primeira dose. A previsão é de distribuição de imunizantes no mês de agosto é de 60 milhões e, em setembro, mais de 60 milhões.
"É um sistema eficiente, mas primamos em primeiro lugar pela segurança. As doses que chegam ao Brasil, por exemplo, a Pfizer tem um sistema particular de temperatura para não correr o risco de ultrapassar a medida garantida. Nós não podemos distribuir as doses sem que haja essa validação. O Ministério da Saúde vai permitir a politização da vacinação. Temos feito essa distribuição baseada em questão demográfica e temos que ter equidade, que é um dos princípios do SUS", disse Queiroga.
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