Anderson Torres foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair BolsonaroEvaristo Sá/AFP

Brasília - Chegou ao Supremo Tribunal Federal neste sábado, 14, um habeas corpus preventivo em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Ambos são alvos de inquérito sobre os atos golpistas do último domingo, 8, quando apoiadores do ex-chefe do Executivo invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O autor da petição é o bolsonarista Carlos Alexandre Klomfahs, que requer a 'expedição de salvo-conduto' para Bolsonaro e Torres 'desembarcarem no país, e o trancamento da investigação sobre a ofensiva violenta por 'ausência absoluta de indícios mínimos de autoria e materialidade'.
O ex-ministro da Justiça chegou ao Brasil na manhã deste sábado, 14, e foi preso pela Polícia Federal. Para o advogado, a inclusão de Torres e Bolsonaro como investigados nas apurações sobre os atos antidemocráticos se deu 'sem lastro em indícios mínimos'. Os dois se tornaram alvo de investigações a pedido da Procuradoria-Geral da República. Klomfahs alega suposta 'violação ao princípio da imparcialidade do julgador'.

De acordo com a petição, a decisão que acolheu os pedidos da PGR e colocou o ex-presidente e o ex-ministro na mira dos investigadores não conta com 'lastro probatório mínimos para instauração de procedimento penal'.

Com relação a Bolsonaro, Klomfahs argumenta que o ex-presidente tem saúde 'delicada em face dos procedimentos médicos necessários' e deve ter sua 'presunção de inocência assegurada, desde os procedimentos preparatórios penais, como o referido inquérito, evitando qualquer eventual prisão midiática'. Até o momento, não há nenhuma ordem de prisão contra o ex-presidente.