Brasil bate mais um triste recorde e ultrapassa 400 mil mortos por Covid-19
Brasil bate mais um triste recorde e ultrapassa 400 mil mortos por Covid-19Luciano Belford/Agencia O Dia
Por MARTHA IMENES

Todos os dias o número de pessoas mortas em decorrência da covid-19 bate recorde no Brasil, que lidera o ranking de óbitos em 24h da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apontam que o país registrou 3.780 mortes em 24h. O total é maior se somados os óbitos de Estados Unidos, Itália, Polônia, Rússia, Índia, França, Ucrânia, Hungria, Alemanha e México, que tiveram 3.662 mortes em 24h, segundo levantamento da OMS.
Com o resultado, o número de brasileiros mortos chega a 317.646. A média móvel de mortes chegou a 2.710, maior número da série histórica. No Estado do Rio de Janeiro, foram 283 óbitos em 24h, totalizando 36.432 óbitos, aponta o Conass. Já são 69 dias consecutivos com a média móvel acima de 1.000 óbitos e o quarto dia com a média acima da marca de 2,5 mil.
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Não bastassem a falta de leitos de UTI, que estão quase no limite nas redes privada e pública, deficiência de profissionais da Saúde, e contágio acelerado por conta da variante do vírus, a falta de consciência de outros pacientes, e pessoas que ignoram as medidas de restrição, e a falta de critério nas internações também pode estar favorecendo o aumento nos óbitos.
Como exemplo, o caso que O DIA relatou na segunda-feira. Luiza Linhares, de 65 anos, que internada na UPA do Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, pediu socorro aos parentes pelo WhatsApp: "Me ajude por favor! Muita falta de ar, ninguém vem aqui saber nada, estou abandonada". Na hora da transferência a papelada e funcionários informaram um hospital na cidade e ela foi parar em outro. A boa notícia é que dona Luiza já está respirando melhor, toma banho, se alimenta bem, e o Hospital Pedro Ernesto dá informações aos familiares. 
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Outro caso triste é o de Maria do Carmo Palhete Carvalho, que deu entrada no CER do Leblon sem covid por conta de uma erisipela (inflamação bacteriana na perna) e ficou internada no mesmo lugar que pacientes contaminados, inclusive uma se recusava a usar a máscara de proteção. Resultado: a senhorinha morreu na segunda-feira.