Cabo Frio terá protesto contra Bolsonaro nesta sexta-feira (28)
Os organizadores também vão se reunir no sábado (29) e seguem para a capital, onde acontecerá um ato, a partir das 10h, no Monumento Zumbi dos Palmares
Manifestação de Cabo Frio acontece no coração da cidade Internet
Por Renata Cristiane e Ludmila Lopes
A lentidão na vacinação contra a Covid-19, que já matou mais de 454 mil pessoas (2.934 só na Baixada Litorânea), e as cobranças de medidas de contenção ao avanço da pandemia no Brasil, vão mobilizar moradores da Região dos Lagos nesta sexta-feira (28), às 17h, em Cabo Frio, na Praça Porto Rocha, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O movimento também acontecerá em todo o país neste sábado (29).
A manifestação desta sexta, vai reunir partidos políticos de esquerda como UP, PSTU, PSOL, PT, PSB, além e entidades da sociedade civil como Movimento de Mulheres da Região dos Lagos (MMRL), Unidade Cabo-friense dos Estudantes (UCE), Sepe Lagos e Movimento Perifa Zumbi. No sábado, os organizadores seguem para a capital para somar esforços ao protesto que acontecerá a parti das 10h, no Monumento Zumbi dos Palmares, Centro da capital do Rio de Janeiro.
Banner de convocação do ato Divulgação
Chantal Campello, uma das organizadoras do ato, ligada ao diretório estadual da UP (Unidade Popular), explica o porquê da importância de participar do protesto no meio de uma pandemia: “É determinante iniciar um calendário de lutas nas ruas. Infelizmente precisamos tomar essa decisão porque o presidente da República, Jair Bolsonaro e sua corja se mostraram mais perigosos que o próprio vírus que está circulando”, afirma.
Para a militante de movimento social e líder estudantil, diante da carestia dos alimentos provocada pela inflação e os parcos recursos distribuídos pelo Governo Federal, a manifestação se faz urgente: “É miséria de não conseguir ir ao mercado garantir a compra por conta dos altos preços dos alimentos, porque o auxílio emergencial foi reduzido pela metade e não garante a manutenção de uma família. Temos que ocupar as ruas, senão nosso povo não vai parar de morrer”, disse Chantal. “Isso é um projeto de assassinar nossa classe trabalhadora, porque existem medidas que podem amenizar o que estamos vivendo, como por exemplo, a vacina que não está sendo levada a sério”, concluiu.
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Também em Cabo Frio, um protesto pró-Bolsonaro aconteceu no dia 1º de maio, uma semana após o início da CPI da Covid-19, que tem como finalidade investigar se houve negligência por parte do Governo no enfrentamento à pandemia.
Protesto pró Bolsonaro aconteceu no dia 1º de maio. Internet