Mesmo em baixa nos canaviais, Campos segue positivo na geração de empregos com carteira assinada Foto Coagro/Divulgação

Campos – O fim da safra de cana-de-açúcar gerou um saldo negativo de 1.147 empregos formais em Campos dos Goytacazes (RJ) no mês do outubro deste ano. Porém, o município segue com saldo positivo na geração de vagas com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados no final da semana.
O diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campos, o economista Ranulfo Vidigal, explica que o encerramento da safra justifica a queda, que acontece todo ano no período: “É sazonal; mas, as perspectivas para 2025 são positivas. Estão chegando investimentos na Bacia de Campos, com perspectivas de empregos”.
Com base no Caged, Vidigal pontua que foram geradas 3.603 vagas de trabalho no acumulado deste ano, de janeiro a outubro: “Entre os setores econômicos que mais geraram empregos nesse período, o de Serviços (2.574) segue liderando em Campos, na região norte do Estado do Rio de Janeiro, atrás apenas de Macaé”.
O economista observa que a vantagem macaense pode ser justificada pela concentração maior de empresas ligadas ao setor petrolífero, com 7.197 empregos formais. Segundo Vidigal, entre 2021 e 2024 foram 14.904 empregos em Campos: “Isso é considerado extremamente positivo se comparado ao período de 2017 a 2020, que acumulou saldo negativo de 2.448 empregos formais”, avalia.
Em nível estadual, Campos está na oitava posição, na comparação com os 92 municípios (de um saldo acumulado de 149.074): “Aparece atrás da capital Rio de Janeiro com 78.313 empregos gerados; Niterói, com 8.135; Duque de Caxias, com 7.728; Macaé, com 7.197; Nova Iguaçu, com 4.710; Seropédica, com 4.474; e São Gonçalo, com 3.951”. O diretor realça também os setores econômicos Indústria (465), a Construção (431), a Agropecuária (85) e o Comércio (48).