A escassez de bolsas compromete a cobertura do hemocentro a mais de duas dezenas de hospitais Foto Isabella Corrêa/Divulgação

Campos/Região – Responsável pela cobertura de municípios do norte/noroeste do estado do Rio de Janeiro, o Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes (HRC) enfrenta uma grave crise em seu estoque de sangue. O ideal seriam 70 bolsas por dia; mas, nessa terça-feira (21) havia apenas 18. Os tipos sanguíneos B positivo e negativo; AB e A negativo estão zerados.
Segundo a assistente social do Hemocentro, Cristiane Barros, o número de doadores está muito abaixo do necessário para garantir a continuidade dos atendimentos médicos na região. “A unidade é responsável por atender à demanda de 25 unidades hospitalares e também desempenha um papel essencial no suporte ao Ferreira Machado, o maior hospital de urgência e emergência da região Norte Fluminense”, resume.
Cristiane contabiliza que, em 2024, o Ferreira Machado registrou 5.942 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito, com outubro sendo o mês mais crítico, contabilizando 612 casos. “Sem um estoque adequado de sangue, a continuidade desses atendimentos fica comprometida”, realça enfatizando: “Estamos vivendo um momento muito delicado”.
A assistente social destaca que o sangue salva vidas, e cada doação pode beneficiar até quatro pessoas: “Precisamos da ajuda da população para reverter essa situação e garantir que possamos atender quem mais precisa. Contamos com a solidariedade de todos”, apela orientando que as doações podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e também nos finais de semana e feriados.
O Hemocentro funciona anexo ao Ferreira Machado, na Rua Rocha Leão, no Caju, com entrada pelo estacionamento do hospital. O doador precisa estar saudável; pesar mais de 50 quilos; ter entre 16 e 60 anos (ou até 65 anos, se já tiver doado antes dos 60); além de apresentar um documento original com foto. Menor de 18 anos deve estar acompanhado por um responsável.