Desde o início do primeiro governo de Wladimir Garotinho, o sistema tem estado em destaque no Estado Foto César Ferreira/Divulgação

Campos – Há quatro anos, desde o início do primeiro governo Wladimir Garotinho, Campos dos Goytacazes (RJ) se mantém em segundo lugar na produção estadual de energia solar fotovoltaica. De acordo com a Secretaria Municipal de Petróleo, Energia e Inovação, só em 2024 houve um acréscimo de 20.013 kWpico de potência instalada e 2.944 novos sistemas foram conectados.
No ano, quase três mil novos sistemas foram conectados na rede pública da empresa distribuidora de energia na cidade. O secretário Marcelo Neves ressalta que tal resultado colaborou para que o município se mantenha, desde 2021, na segunda posição do ranking como maior produtor de energia solar do estado, ficando atrás apenas da cidade do Rio de Janeiro.
“A evolução da potência total de módulos fotovoltaicos instalados no município alcança o valor de 90.029 kWpico e o quantitativo de instalações beneficiadas somam 14.088 ligações”, aponta Neves acrescentando que as bases de toda progressão e os benefícios não apenas na produção, mas, também, no custo do produto.
O secretário destaca que a gestão energética municipal tem como pilares a geração descentralizada a partir de fontes renováveis, o uso eficiente da energia e o envolvimento da sociedade na elaboração, implantação e no controle municipal de políticas energéticas. “Essas ações minimizam os custos e contribuem para a construção de uma transição energética justa, inclusiva, participativa e de base local”, observa.
Quanto aos benefícios, Neves aponta redução dos custos de tarifas de energia e geração de emprego: “No contexto geral, aqueles consumidores que investiram na implantação desses sistemas fotovoltaicos, no formato ‘on grid’ com compensação tarifária, estão usufruindo da redução dos custos em suas tarifas de energia”.
PONTOS RELEVANTES - Para além da redução nas tarifas, o secretário assinala que os consumidores estão protegidos contra os impactos dos reajustes tarifários em função de bandeiras tarifárias e reajustes inflacionários: “Em relação à geração de oportunidades de trabalho, os dados apontam que os 2.944 novos sistemas implantados geraram, a princípio, renda para 5.888 profissionais especializados”.
Mais um fato relevante enumerado é o retorno do investimento em energia solar fotovoltaica: “Outra vantagem seria coletiva, visto que esses sistemas acabam por aliviar as cargas nas linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional, evitando investimentos em reforço de redes elétricas, cujos custos acabam sendo repassados aos consumidores finais”, resume o secretário.
Na avaliação de Neves, à medida que os sistemas de energia solar são implantados, de forma direta ou indireta, a população passa a adquirir o hábito do consumo consciente. Apesar de situações que favorecem a instalação de novos sistemas, Neves diz que o elevado custo apresentado pela concessionária Enel nas solicitações de acesso à rede de energia pública é um obstáculo para os investimentos.
“Esse aspecto já afugentou significativos investimentos que outrora estiveram programados, colocados na pauta de negociações e que tiveram solução de continuidade pelo motivo exposto”, relata o secretário concluindo: “Acreditem; houve caso em que o custo do acesso se apresentava maior que os apetrechos de materiais e equipamentos para implantar os sistemas”.