Por Bispo Abner Ferreira
Muitas pessoas acham que a fonte de uma vida feliz é a riqueza. Mas, quando a conta bancária atinge todos os dígitos sonhados, logo o vislumbre acaba. O ator de Hollywood Jim Carrey, certa vez, expressou: "Eu gostaria que todo mundo ficasse rico e famoso, e fizessem tudo que eles sempre sonharam, para que, no final das contas, vissem que essa não é a resposta para tudo na vida".
O executivo Bill Gates também já falou sobre o assunto: "Eu compreendo o desejo de ter um milhão de dólares, mas, quando você passa dessa meta, posso te dizer que nada muda. É como se fosse o mesmo hambúrguer".
Alguns anos atrás, o homem mais rico da China, Jack Ma, concedeu uma entrevista à rede norte-americana CNBC e afirmou que ser bilionário lhe causa grande dor: "É uma grande dor quando você é um dos mais ricos do mundo, todos te cercam pelo seu dinheiro", afirmou o dono do grupo Alibaba.
Um dos investidores mais importantes do mercado financeiro global e um dos homens mais ricos do planeta, Warren Buffett, foi contundente: "Você não ficará mais feliz se duplicar seu patrimônio líquido".
Para fechar, a declaração impactante da herdeira mais badalada do clã da família Kardashian, Kim: "Se você pode resolver um problema pagando, então realmente não é um problema".
A conclusão que se chega é que dinheiro é necessário e muito útil para viver, mas não é a única coisa que importa na vida.
Como diz o dito popular: dinheiro não traz felicidade. E não traz mesmo. É preciso morar, alimentar, vestir, mas a verdade é que o dinheiro não passa de um pedaço do papel que possui algum valor de câmbio.
É a forma como lidamos com o dinheiro que importa. Com certeza, você tem em mente algum caso de pessoa muito rica que, devido ao seu excessivo apego ao dinheiro, acabou tendo destino lamentável.
Golpes, corrupção, cadeia ou dívidas são algumas das consequências que a obsessão por dinheiro pode causar nas pessoas.
Sempre existiu alerta para tudo isso nas sagradas escrituras: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (I Timóteo 6.10); "Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos" (Eclesiastes 5.10); "É melhor ter pouco com o temor do Senhor do que grande riqueza com inquietação" (Provérbios 15.16).
"Cuidado! Que ninguém o seduza com riquezas; não se deixe desviar por suborno, por maior que este seja. Acaso a sua riqueza, ou mesmo todos os seus grandes esforços dariam a você apoio e alívio da aflição?" (Jó 36.18-19).
A Bíblia também diz que há maior felicidade em dar do que em receber (Atos 20.35) e essa é uma verdade profunda.
Estudos garantem que a satisfação é maior quando você gasta dinheiro com os outros. Uma pesquisa feita por psicólogos das universidades americanas do Colorado e de Cornell descobriu que você pode ser mais feliz fazendo do que tendo as coisas.
Eles chegaram à conclusão que quanto maior o valor empregado em bens materiais, maior foi a sensação de arrependimento. Ao contrário das experiências como passeios e refeições com amigos. A explicação é que, por serem abstratas, as experiências acabam ganhando interpretações mais positivas ao longo do tempo.
Enquanto aquela TV de última geração vai ficando cada vez mais obsoleta, as memórias das viagens, por exemplo, tendem a acumular boas sensações.
Outra coisa que ajuda a explicar os resultados, segundo os estudiosos, é o fato de as experiências terem um papel social mais importante que os bens materiais na hora de construir relacionamentos duradouros.
Em outras palavras: se "dinheiro na mão é vendaval", como canta Paulinho da Viola, a única maneira de reter a felicidade efêmera que ele pode trazer é tratando de investi-lo em lembranças que duram.
Deus te abençoe!
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